A cantora Pitty deu à luz sua filha Madalena, fruto do relacionamento da rockeira com o baterista da banda NX Zero, Daniel Weksler. Apesar de confirmar o nascimento e dizer que mãe e bebê passam bem, a assessoria da cantora disse que não daria mais detalhes. Mas pelo que pudemos acompanhar da gestão da cantora, essa nova fase promete ser ainda mais inspiradora, com discursos repletos de empoderamento feminino e que inspiram tantas outras mulheres reais.
Falas empoderadas que fizeram Pitty ser uma grávida incrível
Pitty, que sempre foi discreta em relação à sua vida pessoal, se abriu mais neste que é um momento tão único para a mulher. Mas engana-se quem pensa que ela reforçou discursos clichês, expondo apenas as maravilhas da gestação. A cantora foi fiel à sua já característica marcante postura empoderada e mostrou que, embora esta tenha sido uma realização, nem tudo é perfeito quando se fala de gravidez.
Confira algumas declarações que a cantora deu para a revista TPM, quando ainda estava grávida da Madalena e que servem como um apoio para mães que passam pelos mesmos sentimentos e não se sentem seguras para expor:
- “Apesar de desejada e batalhada, foi uma gravidez que me tirou dos meus planos e me colocou dentro dela apenas. É, sim, uma bonança, até porque eu quis muito, mas não é uma bonança de conto de fadas”.
- “Tive dúvida se eu ia gostar de ficar grávida, se era isso mesmo. E cheguei a pensar: e se eu demorar muito e depois não conseguir? A gravidez não é um processo de quero ou não quero. Tem o seu querer, mas ainda há as questões que nos fogem ao controle, os mistérios, as coisas da natureza”.
- “A gravidez me tomou de uma forma poderosa e rolou isso do sagrado feminino, de sentir todo o poder que uma gestação traz. Estou achando um bagulho poderoso, mas não esqueço das mulheres que não querem ter filho, para que não se sintam obrigadas. Porque, nos momentos em que eu tinha dúvida se queria ou não, tinha essa pressão dos outros de que você só é de fato mulher quando tem filho, e eu achava isso horrível e castrador”.
- “É preciso respeitar as mulheres que não querem ter filhos, é preciso respeitar as mulheres que tiveram filhos, mas não acharam tão incrível. A mulher se realiza de diversas formas e a maternidade é só uma delas”.
- “Não dá para apavorar, nem pra idealizar. Acredito em encontrar um ponto entre falar das dificuldades do puerpério e da delícia de arrumar o enxoval”.
- “Os primeiros três meses foram só privação, uma renúncia do estilo de vida. Se você gosta de sair, se você gosta de beber, se seu trabalho é mais agitado, precisa rever todas essas coisas em nome de novos cuidados. Ao mesmo tempo que isso acontece, você não tem seu corpo de fato grávido, porque a barriga ainda não apareceu. Foi duro aceitar os três primeiros meses, e todas suas restrições, sabendo que a recompensa viria no futuro. Sou uma pessoa imediatista. O lado mãe só bateu mesmo quando senti a barriga mexer e quando vi que ela tinha crescido”.
- “Na nossa sociedade, grávida não pode sofrer. Como se fosse uma mácula do sagrado. Você tem que estar grata o tempo inteiro por estar grávida. Sim, estou grata, mas isso não me exime de certas angústias. E elas existem, têm que existir, fazem parte das nuances de sermos humanos. Tudo bem ficar brava porque você não pode sair de casa”.
- “Quis e não quis estar grávida. Tinha épocas que queria mais, épocas que queria menos. A gravidez é uma coisa desconhecida. E, para quem tem uma onda com controle, é pior. A gravidez é um descontrole completo. Você se entrega a essa natureza. Se você é uma pessoa muito vaidosa, por exemplo, sofre mais, porque o corpo muda mesmo. É muito complexo. E também muito bonito e transformador”.
Já podemos esperar que Madalena seja uma garota cheia de atitude, como a mãe!
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