Saúde Mental

Como falar sobre morte com o seu filho

Por Redação Doutíssima 12/09/2013

A morte é um momento delicado. Além da dor que sentimos em perder alguém, passamos pela situação de explicar o fato para os pequenos. Esse pode ser um momento muito delicado, pois é muito difícil tratar do tema com as crianças. Como fazer isso então, para não traumatizar nem enganar as crianças? É o que pesquisamos para você e veremos melhor a seguir.

 

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A conversa com as crianças

 

Contar sobre a morte de alguém para uma criança deve ser feito diretamente, sem inventar histórias. Psicólogos recomendam não esconder nada achando que assim irá poupar os pequenos. Algumas frases que costumamos dizer só confundem as crianças e devem ser evitadas. “Ele dormiu para sempre”, “descansou”, “o vovô virou uma estrelinha” ou “fez uma longa viagem” pode fazer com que crianças que levam tudo ao pé da letra achem que a pessoa morta vai acordar ou que todo mundo que viaja nunca volta. A psicóloga clínica Deusa Samú, especialista em luto diz que “crianças de até cerca de 10 anos não abstraem. O seu psiquismo em construção não consegue captar os conceitos subjetivos. Elas pensam de forma concreta e constroem os conceitos a partir do concreto”, por isso é melhor falar com jeitinho, mas dizer a verdade.

Se for uma pessoa muito próxima dela, não é bom dizer de uma vez, explique os conceitos de vida para que ela entenda sobre a morte, mas não evite dizer a palavra morte, é importante que ela ouça a palavra e a assimile ao fato.

As crianças podem apresentar mudança de comportamento quando perdem alguém, é natural. Não a exclua da sensação de perda e tristeza, inclua-la também no luto, converse sobre isso com ela. Se ela não quiser falar dos sentimentos, mande ela desenhar sobre isso ou sobre a pessoa que ela perdeu. Ela precisa exteriorizar o que sente de alguma maneira.

 

Fonte: Delas.