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Fisioterapia para o mal de Parkinson

Por Mayara Pinheiro 14/01/2014

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Hoje eu vou falar um pouco sobre o mal de Parkinson.

O que é o mal de Parkinson?

É uma doença neurológica crônica, de caráter progressivo e degenerativo, que acomete principalmente o sistema motor, porém podem ocorrer também manifestações não motoras, como distúrbios do sistema nervoso autônomo, distúrbios de sono, déficit de memória, depressão, entre outras. É uma doença do cérebro que provoca tremores e dificuldades para caminhar, se movimentar e se coordenar.

Sintomas do mal de Parkinson:

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  • Diminuição ou desaparecimento de movimentos automáticos (como piscar)
  • Constipação
  • Dificuldade de deglutição
  • Babar
  • Equilíbrio e caminhar comprometidos
  • Falta de expressão no rosto (aparência de máscara)
  • Dores musculares (mialgia)
  • Dificuldade para começar ou continuar o movimento, como começar a caminhar ou se levantar de uma cadeira
  • Perda da motricidade fina (a letra pode ficar pequena e difícil de ler, e comer pode se tornar mais difícil)
  • Movimentos diminuídos
  • Posição inclinada
  • Músculos rígidos (frequentemente começando nas pernas)
  • Tremores que acontecem nos membros em repouso ou ao erguer o braço ou a perna
  • Tremores que desaparecem durante o movimento
  • Com o tempo, o tremor pode ser visto na cabeça, nos lábios e nos pés
  • Pode piorar com o cansaço, excitação ou estresse
  • Presença de roçamento dos dedos indicador e polegar (como o movimento de contar dinheiro)
  • Voz para dentro, mais baixa e monótona
  • Ansiedade, estresse e tensão
  • Confusão
  • Demência
  • Depressão
  • Desmaios
  • Alucinações
  • Perda de memória

Fisioterapia para o mal de Parkinson:

A fisioterapia para mal de Parkinson tem um papel importante no tratamento do indivíduo portador desta doença pois irá proporcionar uma melhora no seu estado físico geral, tendo como objetivo principal a restauração ou manutenção da função, incentivo à realização das atividades de vida diária de forma independente, dando assim mais qualidade de vida.

Objetivos da fisioterapia para o mal de Parkinson:

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  • Prevenção de quedas.
  • Melhora do equilíbrio, marcha e coordenação.
  • Redução das limitações funcionais causadas pela rigidez, lentidão dos movimentos e alterações posturais.
  • Aumento da capacidade pulmonar e resistência física geral.
  • Manutenção ou aumento das amplitudes de movimento prevenindo contraturas e deformidades.
  • Incentivo ao auto-cuidado.

Exercícios de fisioterapia para mal de Parkinson:

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Após a realização de uma avaliação global do indivíduo, o fisioterapeuta deve prescrever exercícios de curto, médio e longo prazo. Alguns exercícios indicados são:

  • Técnicas de relaxamento: devem ser realizadas num momento inicial para diminuir a rigidez, tremores e ansiedade, através de atividades rítmicas, envolvendo um balanceio lento e cuidadoso do tronco e membros. Pode-se usar também facilitação neuromuscular proprioceptiva, técnicas de bobath, terapia aquática Shiatsu e Yôga;
  • Alongamentos: devem ser feitos de preferência de forma ativa, pelo próprio indivíduo ou com ajuda do fisioterapeuta, visando sempre a manutenção das amplitudes articulares. Orienta-se alongamentos para os braços, tronco, cintura escapular/pélvica e pernas;
  • Exercícios ativos e de reforço muscular: devem ser realizados de preferência sentado ou de pé, através de movimentos dos braços e pernas, rotações do tronco, podendo ser utilizados bastões, elásticos, bolas e pesos leves;
  • Treino de equilíbrio e coordenação: é feito através atividades de sentar e levantar, rodar o tronco nas posições sentada e em pé, inclinação do corpo, exercícios com mudanças de direção e em várias velocidades, agarrar objetos e vestir-se;
  • Exercícios posturais: devem ser realizados sempre buscando a extensão do tronco e em frente ao espelho para que o indivíduo tenha mais consciência da postura correta;
  • Exercícios respiratórios: orienta-se a respiração em tempos com uso do bastão para os braços, uso da respiração através do diafragma e maior controle respiratório;
  • Exercícios de mímica facial: incentivo aos movimentos de abrir e fechar a boca, sorrir, franzir as sobrancelhas, fazer bico, abrir e fechar os olhos, soprar um canudo ou um apito e mastigar bastante os alimentos;
  • Treino de marcha: deve-se tentar corrigir e evitar a marcha arrastada através da realização de passadas maiores, aumento dos movimentos do tronco e braços. Pode-se fazer marcações no chão, andar sobre obstáculos, treinar o caminhar para frente, para trás e de lado;
  • Exercícios em grupo: ajudam a evitar a tristeza, isolamento e depressão, trazendo mais estímulo através do incentivo mútuo e bem-estar geral. Pode-se utilizar dança e música;
  • Hidroterapia: os exercícios na água são muito benéficos pois ajudam a reduzir a rigidez numa temperatura adequada, facilitando assim o movimento, a caminhada e trocas de postura;
  • Treino de transferência: numa fase mais avançada, deve-se orientar a forma correta para movimentar-se na cama, deitar e levantar, passar para a cadeira e ir ao banheiro.

Lembrando: que a fisioterapia será necessária por toda a vida e que é fundamental que toda a família esteja envolvida no tratamento do paciente portador de Parkinson.