A Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta o câncer como uma das doenças que mais acometem e mais causam mortes na população mundial. Em 2012, foram aproximadamente 14 milhões de novos casos, sendo 8,2 milhões fatais. Por isso, é importante conhecer os sintomas para possibilitar o diagnóstico precoce.
Outro dado alarmante é que a OMS prevê um aumento de 70% na incidência da doença nas próximas duas décadas. Um terço das mortes estão relacionados a cinco fatores de comportamento e alimentação: índice de massa corporal alto, baixo consumo de frutas e verduras, falta de atividades físicas, hábito de fumar e ingestão de bebidas alcoólicas.
A OMS ainda aponta que África, Asia, América Central e do Sul são regiões que somam 70% dos casos de morte por câncer no mundo.
No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que em 2015 serão contabilizados aproximadamente 576 mil novas ocorrências. A estimativa é de 182 mil novos casos da doença de pele não melanoma, 69 mil casos da doença na próstata, 57 mil de mama em mulheres, 33 mil de cólon e reto, 27 mil de pulmão, 20 mil de estômago e 15 de colo do útero.
Em 2012, foram identificados 14,7 mil casos de câncer de boca, que inclui o de orofaringe, no Brasil. Desses, 4,9 doentes foram a óbito.
Má higiene oral pode provocar câncer de orofaringe
O câncer de orofaringe pode acometer toda a mucosa oral, as tonsilas (amígdalas), a faringe, a língua, a epiglote e a região das pregas vocais, segundo Ingrid Wendland Santanna, otorrinolaringologista, mestre em alterações de voz e professora no curso de Medicina da UNISC.
Ela cita como as principais causas do problema os hábitos de fumar e de ingerir bebidas alcoólicas constantemente, a má higiene oral e alterações dentárias que causam atrito persistente com a mucosa da língua. Menciona, ainda, que existe relação do vírus HPV com o aparecimento de lesões malignas nas mucosas orais.
Como identificar o câncer de orofaringe
Os primeiro sinais aparecem como lesões ulceradas (abertas) semelhantes a aftas que não saram, manchas brancas que não saem com raspagem, manchas vermelhas, lesões verrugosas ou nódulos na mucosa oral e gânglios cervicais endurecidos.
Com a evolução, os sintomas passam a incluir dor, o paciente tem dificuldade de engolir e/ou falar e acaba trocando alimentos sólidos pelos pastosos e líquidos. Em estágio ainda mais avançado, Ingrid comenta que o paciente não consegue mais nem engolir a própria saliva.
A eliminação da doença que acomete a orofaringe está diretamente ligada ao diagnóstico precoce. “Lesões pequenas e iniciais tem um índice de cura muito bom. Nas maiores, o tratamento envolve cirurgia e rádio e/ou quimioterapia”, informa a especialista.
A doença tem o potencial de se espalhar pelo corpo, sendo que as metástases ocorrem inicialmente na região cervical, podendo atingir o cérebro, mediastino e outros órgãos.
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