Filhos

Como lidar com uma criança mentirosa

Por Redação Doutíssima 27/05/2013

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Por que as crianças mentem? Por mais que você explique e, talvez ponha de castigo, seu filho insiste em inventar histórias para os coleguinhas e mesmo para você. Como lidar com esta situação embaraçosa? Saiba aqui.

No período da primeira infância, de 0 à 6 anos, a linha entre o real e o imaginário fantástico é bem tênue, portanto é normal que a criança diga que viu um inseto embaixo da cama, por exemplo, ou uma pessoa olhando para ela. Logo, ela pode ter fantasiado ou imaginado essa situação, assim, não mentiu, apenas imaginou, fantasiou. Mas, se o problema persiste um pouco mais, é preciso tomar algumas atitudes.

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Como os pais devem agir?

Antes de tudo, os pais precisam assumir que são responsáveis pelo amadurecimento do filho.  Isso implica em enfrentar esses problemas e fazer a criança entender o que é certo e errado, por meios de palavras e conversas claras e sem agressividade.

Se o seu filho mentir, faça-o perceber que foi errado e mostre o quanto é importante ser sincero. Dê exemplos do seu dia-a-dia, no trabalho, da sua infância, enfim, exemplos que ele possa entender.

A especialista em comportamento infantil Suzy Camacho afirma que a atenção maior dos pais deve estar voltada às mentiras maldosas, que foram premeditadas para prejudicar alguém ou tirar vantagem. No caso de roubo, os pais podem fazer com que a criança reconheça o erro diante da pessoa lesada, fazendo a devolver o objeto e pedir desculpas. O constrangimento normalmente faz com que a criança não volte a roubar novamente. Se houver continuidade deste comportamento deve-se procurar o apoio de um profissional.

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O que os pais devem dizer?

– Sobretudo não chame a criança de mentirosa. Isso não vai funcionar, pois só reforça a imagem negativa e vai, provavelmente, provocar a continuidade do comportamento inadequado.

– Por mais que esteja nervoso, respire fundo e explique com calma as consequências negativas de uma mentira (ou roubo) com exemplos práticos e compreensíveis para a idade. Se o ato prejudicou alguém, deixe claro porque é errado fazer isso e faça-a pensar se ela gostaria que alguém agisse assim com ela.

– Controle-se. Não grite com a criança para obrigá-la a dizer a verdade, pois isso só a intimida ainda mais. E, por medo da bronca, pode desencadear ainda mais mentiras.

– Se suspeitar que a criança está mentindo faça perguntas genéricas. Como foi o passeio? Estava bom na escola? Depois de algum tempo volte a fazer as perguntas e compare as respostas.

– Castigá-la duramente não é, por incrível que pareça, a melhor tática. Só fará com que ela minta mais ainda para fugir das punições. Sua reação deve ser firme mas controlada, sem agressividade.

– Muitas crianças pensam: “Você está me punindo por que descobriu a verdade”. Para elas, a punição não está associada à mentira, mas ao fato de ter sido desmascarado. Da próxima vez, essa criança vai caprichar mais nas suas artimanhas, dissimulações e disfarces. A punição deve ser o último recurso, não o primeiro.

– Lembre-se que você é o herói ou heroína de seu filho e ele segue os seus exemplos. Então, nada de mentirinhas úteis: “Diga que a mamãe não está . Fale que estou tomando banho”. Não minta e nem peça para seu filho mentir.

Será que meu filho tem jeito?

Aqui estão umas frases muito interessantes sobre as mentiras infantis:

Nesse universo, concordo com o psicólogo israelense Haim Ginott,  quando dizia “as falas dos adultos afetam a auto-imagem, a auto estima da criança e muitas vezes determina o seu caráter, a sua personalidade e até mesmo o  seu destino. Segundo Haim Ginott, há uma conexão direta entre o modo de as crianças sentirem e o modo de se comportarem. Quando elas se sentem bem, se sentem aprovadas, admiradas, respeitadas, se comportam bem.

Alguns pesquisadores  entre eles, Kang Lee, diretor do Instituto de Estudo da Criança em Toronto Universit, alegam que a capacidade de dizer mentiras a partir dos dois anos de idade é um sinal do desenvolvimento rápido do cérebro e significa que essas crianças serão propensas a terem uma vida bem sucedida,  pois manipulam informações para sua vantagem. Essa capacidade está ligada ao desenvolvimento das regiões do cérebro que permitem que as funções executivas aflorem o que fará dessa criança um grande empresário no futuro. Para eles não há ligação entre contar mentiras na infância e se tornar um fraudador  na vida adulta.

Viu? Pode ser que não seja tão mal assim. =)

Não exite à procurar a ajuda de um especialista, se julgar necessário.

Fonte: Psicologia, Portal da Educação e Instituto de Psicologia Aplicada