A mola hidatiforme, cientificamente conhecida como doença trofoblastica gestacional, é um tumor normalmente benigno que surge durante a gestação, apresentando potencialidade para evoluir para malignidade. É uma rara complicação que ocorre no momento da concepção que leva a uma malformação da placenta e do bebê. Este tumor desenvolve-se a partir de células que restam após um aborto espontâneo ou uma gestação completa.
Não se sabe o porquê, mas numa gravidez em mola o embrião não apresenta as células da mãe, somente as do pai, que são duplicadas e formam um tumor que pode ser maligno (câncer) ou benigno, dependendo de cada caso. Nos países desenvolvidos é observado em aproximada uma a cada 2000 gestações; costuma apresentar incidência muito mais alta em certos países em desenvolvimento.
Diagnóstico da mola hidatiforme
Normalmente a doença é descoberta numa ecografia quando o médico observa o interior do útero. A mulher pode começar a sentir os enjoos e a barriga inchada, como é típico do início de uma gravidez normal. Porém, há sangramento vaginal e os níveis hormonais da mulher (HCG) encontram-se muito mais altos do que numa gravidez normal.
A mola hidatiforme é detectada através da ecografia. Análises laboratoriais de urina e sangue evidenciam níveis elevados de gonadotrofina coriônica humana sintetizada pelo tumor em questão. O exame histopatológico da massa pode confirmar o diagnóstico.
A gravidez em mola sempre termina num aborto espontâneo, pois o feto não tem chances de sobreviver.
Tratamento da mola hidatiforme
O tumor deve ser removido por completo. Habitualmente, o tratamento de eleição é a curetagem por aspiração que remove totalmente as células anormais, com exceção de alguns casos, onde se faz necessário a realização de um histerctomia. Após o procedimento cirúrgico, mede-se a concentração de gonadotrofina coriônica humana para avaliar se a ressecção da mola hidatiforme foi total.
Nos casos de mulheres que engravidam pouco tempo depois, fica difícil a interpretação do valor aumentado de gonadotrofina coriônica humana, pois este poderá ser resultado tanto de uma gravidez quanto de uma mola que não foi removida. Por este motivo, é recomendado que após este tratamento a mulher espere pelo menos um ano para voltar a engravidar. O risco de uma mulher desenvolver outra gravidez molar é de apenas 1%.
Complicações da mola hidatiforme
Se a gravidez molar tiver originado um câncer, o tratamento deverá variar entre quimioterapia, radioterapia e dependendo da gravidade, pode ser necessário realizar uma cirurgia para a retirada do útero ou de outros órgãos acometidos pela doença.
O índice de cura é de 100% nos casos em que a afecção não se encontra em estágio avançado, enquanto que nas que o tumor expandiu-se amplamente, gira em torno de 85%. A maior parte das pacientes curadas preserva a função reprodutora.
E devido ao risco de desenvolver um câncer todas as mulheres diagnosticadas com a gravidez molar devem ser submetidas a periódicos exames de sangue para dosar o beta HCG quantitativo.
Fonte: InfoEscola e Tua Saúde