A arteriosclerose (ou arterosclerose) é uma das principais causas de morte no Ocidente. A doença consiste no acúmulo de gordura, cálcio e outros elementos na parede das artérias, que são tubos que levam sangue e oxigênio ao coração, cérebro e outras partes do corpo. Com o acúmulo, as artérias vão entupindo, ou seja, seu diâmetro diminui dificultando a circulação sanguínea e prejudicando os tecidos que são irrigados por elas.
O desenvolvimento da doença é lento e vai acontecendo progressivamente sem que você perceba, porque os primeiros sintomas só aparecem quando já há uma obstrução significativa (cerca de 75% do diâmetro). Os sintomas vão depender de onde se encontra a artéria que está mais comprometida, portanto variam de pessoa para pessoa.
– Se forem as coronárias (artérias do coração), você vai sentir dor cardíaca durante o esforço – angina de peito – na evolução crônica ou o enfarte na evolução aguda.
– Se forem as carótidas (artérias do pescoço) acontecerão perturbações visuais, paralisias transitórias e desmaios na evolução crônica ou o derrame (acidente vascular encefálico) na evolução aguda.
– Se forem as artérias ilíacas e femorais (artérias de membros inferiores) os sintomas serão claudicação intermitente (dor nas pernas ao caminhar), queda de pelos, atrofias da pele, unhas e musculares, e até mesmo impotência (dificuldade de ereção peniana) nos casos crônicos e gangrena nos casos agudos.
Há alguns fatores que “facilitam” o desenvolvimento da arteriosclerose e pessoas que tem mais propensão a ter a doença:
Idade: maior ocorrência na faixa de 50 a 70 anos.
Sexo: predominante no sexo masculino, pois as mulheres são “protegidas”desviando suas gorduras sangüíneas para a produção de hormônio feminino (estrogênio).
Hiperlipidemia: indivíduos que têm altos níveis de gorduras circulantes no sangue.
Tabagismo: os indivíduos que fumam têm um risco nove vezes maior de desenvolver a arteriosclerose que a população não fumante.
Hipertensão: a hipertensão arterial provoca alterações na superfície interna das artérias, facilitando a penetração das gorduras na parede arterial.
Sedentarismo: a atividade física reduz os níveis de colesterol e favorece a circulação.
História familiar: assim como a idade e o sexo, não podemos mudar nossa herança genética, e este é um fator também importante, não devendo ser negligenciado.
A arteriosclerose ainda não tem cura, mas é possível adotar alguns hábitos mais sadáveis para evitar que ela se desenvolva; como não fumar, evitar alimentos muito gordurosos, praticar exercícios físicos regularmente e ter acompanhamento médico regular. Para quem já tem a doença as mesmas recomendações são válida, visto que esses hábitos ajudam a conter a evolução da doença.
Fonte: InfoEscola e Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular