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Tire as suas dúvidas sobre as pílulas de terceira geração

Por Redação Doutíssima 08/07/2013

Pouca gente sabe, mas as pílulas anticoncepcionais orais são divididas em grupos conforme o avanço tecnológico da fórmula. As de terceira geração não eliminaram as de segunda, que continuam sendo prescritas e usadas para impedir a gravidez, mas suas composições são diferentes.

 

Pílula de terceira geração

Segundo a Sociedade Brasileira de Reprodução Humana (SBRH), as pílulas de terceira geração são as que combinam Etinilestradiol em doses de até 30 microgramas com progestágenos gonanos, que são desogrestrel, gestodeno, norgestimato e drospirenona.

terceira geracao

É importante ter noção dos riscos ao organismo causados pelo anticoncepcional. Foto: iStock, Getty Images

Outro método contraceptivo que usa a ciência de terceira geração é o anel vaginal. Apesar de ter formulação similar, seu uso e efeitos se diferenciam bastante do comprimido por não dispersar hormônios por via oral.

Todas as pílulas anticoncepcionais vendidas em farmácias, sejam de terceira geração ou não, informam a fórmula na embalagem. Caso não fique claro para você o tipo de comprimido que toma, a bula pode trazer mais informações ou pergunte ao seu ginecologista sobre a composição do medicamento indicado.

A cada geração de pílulas, a inovação visa reduzir os efeitos colaterais capazes de acontecer em função da dose hormonal gerada pelo uso do comprimido. Atualmente, a pílula mais moderna é a de quarta geração, que usa drospirenona em sua fórmula.

Pílula de terceira geração é segura?

Apesar da eficiência das mais recentes pílulas em reduzir efeitos colaterais como aumento de peso, surgimento de pelos e outros fatores que têm fundo hormonal, há indícios de que elas não sejam tão mais seguras que as de segunda geração.

Uma publicação no British Medical Journal aponta que os ativos das pílulas de quarta e terceira geração quase duplicam as chances de causar coágulos em comparação com as versões mais antigas do comprimido.

Um estudo recente, publicado em 2015, pela University of Nottingham indica que as duas versões mais modernas de anticoncepcionais apresentam um risco quatro vezes maior de obstrução nos vasos sanguíneos se comparado com mulheres que não usam esse tipo de medicamento.

Esse fator é preocupante e gera risco de vida, principalmente em quem tem predisposição genética para a trombose. Conhecer os riscos é fundamental para a escolha de um método anticoncepcional seguro, seja o comprimido oral, anel, DIU, ou métodos de barreira.

 

 

Como usar a pílula anticoncepcional

A SBRH lista alguns cuidados para o uso de pílulas anticoncepcionais orais, independente da geração de que façam parte. O primeiro comprimido deve ser tomado no primeiro dia do ciclo, ou seja, quando a mulher menstrua.

As pílulas devem ser tomadas todos os dias no mesmo horário. Aplicativos e despertadores no telefone celular ajudam a evitar esquecimentos. A quantidade de pílulas varia conforme o produto, que pode ter entre 21 e 28 comprimidos e algumas cartelas pedem pausa de alguns dias para iniciar a próxima, enquanto outras são de uso contínuo.

As pílulas que pedem pausas o fazem para que a mulher tenha menstruação, mas caso ela queira evitar, basta ignorar o intervalo e iniciar a próxima cartela logo em seguida. Por último, o esquecimento de ao menos um comprimido afeta a eficácia do medicamento e o uso de outro método anticoncepcional se faz necessário até a menstruação para evitar a gravidez.

 

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