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Como lidar com um bebê com intolerância à lactose

Por Redação Doutíssima 19/01/2014

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A lactose é um açúcar presente em todos os leites dos mamíferos, incluindo o leite materno. A intolerância à lactose é mais uma ” indigestão ” por falta da enzima lactase para digerir. A intolerância encontra-se frequentemente em adultos, pois geralmente o corpo produz menos lactase com a idade. Os bebês também podem ser intolerantes à lactose contida no leite materno. A intolerância à lactose é muitas vezes a resposta ao choro dos bebês, baseada em evidências como a cólica.
A intolerância à lactose tem duas formas: primária ou secundária. Intolerância primária é ligado a uma predisposição genética, que é muito rara . Já a intolerância secundária é frequentemente transitória e está ligada à imaturidade gastrointestinal, o que desaparece naturalmente após alguns meses. A causa mais comum é a gastroenterite ou alergia a proteínas do leite de vaca.

 

Tratamento

Nas crianças ou adultos, é necessário diminuir ou parar completamente, dependendo do tamanho de intolerância, o consumo de tudo o que é feito à base de leite animal (leite de vaca, de cabra, de ovelha, de búfalo , etc.). Geralmente, queijos e iogurtes são melhor tolerados. Sobre o bebê que está sendo amamentado, muitas vezes medidas simples aplicadas durante a amamentação limitam os incômodos causados pela ingestão da lactose, por exemplo, o bebê deve drenar completamente a mama; prefira dar o mesmo seio por várias mamadas seguidas; faça-o arrotar durante e após a amamentação. Em alguns casos, quando os sintomas digestivos persistem apesar de todas as medidas tomadas (por exemplo, para lutar contra um forte reflexo de ejeção do leite ), tomar a lactase de substituição pode reduzir ou eliminar esses sintomas.

 

O que fazer contra a cólica do bebê que está sendo amamentado?

Os probióticos (Bifidobacterium bifidum, Lactobacillus acidohilus, ….) são utilizados para tratar e prevenir a intolerância à lactose. Eles podem ser encontrados em farmácias na internet ou, por vezes adicionados a alguns alimentos (iogurte com bifidus, por exemplo). É importante levar em conta que algumas marcas contêm lactose, o que pode ser o suficiente para provocar uma reação. Seu uso é recomendado desde o começo da gravidez, durante a amamentação e é possível até dar diretamente para crianças (foram poucos os efeitos colaterais relatados).

 

Substituir o leite de vaca

Nem sempre é possível utilizar o leite de cabra ou de ovelha (que são mais fracos que o leite de vaca quanto à lactose e, geralmente, considerados uma opção para as crianças que sofrem de intolerância), devido ao risco de alergia cruzada. Para o bebê alérgico ou intolerante ao leite de vaca, o melhor produto continua sendo o leite materno, combinado a uma dieta de eliminação de produtos lácteos. Quando é necessário o uso de leite artificial, há leites especiais para bebês intolerantes ou alérgicos ao leite de vaca. São eles:

  • O leite de aveia, fortificante e nutritivo
  • O leite de quinoa, rico em proteínas e minerais
  • O leite de arroz, gosto suave e rico em carboidratos
  • O leite de soja, rico em proteínas
  • O leite de amêndoa, rico em cálcio e gorduras boas para o organismo
  • Os leites de avelã, gergelim, castanha, etc.

 

O ideal é alternar o consumo desses leites vegetais para beneficiar de cada benefício nutricional. Em nenhum caso, eles não podem ser a única alimentação de um bebê.