Perante um diagnóstico de câncer do rim surgirá sempre a preocupação de procurar o melhor tratamento possível. Atualmente a maior parte destes tumores são detectados numa fase muito precoce de sua evolução e frequentemente estão localizados única e exclusivamente dentro do rim. Para estas situações, a cirurgia surge quase sempre como a melhor opção, principalmente se for uma pessoa sem doenças graves, já que as últimas podem potencializar o risco cirúrgico.
Entenda a cirurgia Laparoscópica
Com novas técnicas, a cirurgia por via aberta, com grandes e dolorosas incisões tem vindo a perder terreno face á opção muito menos invasiva e dolorosa, que é a chamada cirurgia laparoscópica.
A abordagem mais comum desta cirurgia implica a realização de três a quatro pequenas incisões na pele. Através destas são colocados os instrumentos que permitirão que toda a cirurgia seja realizada. A remoção do tumor é realizado por uma pequena incisão na região inguinal.
Esta via laparoscópica, minimamente invasiva faz com que o paciente sinta menos dores no período pós operatório e permite que o paciente tenha alta e que volte à vida ativa rapidamente
É normal que se formos confrontados com a perspectiva de ter de ser submetidos a uma cirurgia para remover um tumor do rim, procuremos outros possíveis tratamentos.
Para além da cirurgia, não existem muitas opções para tratar este tipo de doença.
De uma forma geral, se o paciente não for portador de doenças graves que contra-indiquem este tipo de cirurgia, se tiver uma boa esperança de vida perspectivada e se a sua doença estiver localizada dentro do rim, a cirurgia será a melhor opção.
Outras opções de tratamento e a vigilância ativa
Existe uma estratégia de abordagem que não implica não fazer nada completamente. Essa estratégia chama-se vigilância ativa, que implica a realização de tomografias computadorizadas com uma periodicidade pré-determinada, para avaliar o crescimento do tumor e pressupõe a realização de cirurgia caso a doença se desenvolva.
Outras opções atualmente a serem estudadas são chamadas de “crioblação” e “radiofrequência”. A primeira opção permite que o órgão não seja retirado por inteiro. Durante o procedimento, uma pequena sonda é introduzida e por ela, resfria-se rapidamente (usa-se argônio) o tumor até congelá-lo. Após isso, usa-se o gás hélio para aquecê-lo, causando assim a morte celular do tumor. Já a “radiofrequência” se resume à aplicação de calor no tumor, através de ondas de radiofrequência, o que causa a morte das células cancerígenas. Ambos os procedimentos são acompanhados pela tomografia computadorizada.
Quando não aderir à cirurgia Laparoscópica
Estas abordagens podem ser realizadas através da pele ou por via laparoscópica.
Atualmente não existem estudos com qualidade suficiente que permitam recomendar este tipo de tratamento para o câncer de rim em todos os doentes. Alguns fatores de risco contribuem para que a cirurgia laparoscópica seja eliminada dos possíveis tratamentos. Dentre estes fatores podem-se destacar a idade avançada e/ou algumas doenças graves, que dificultem a realização de uma cirurgia laparoscópica, o tamanho do tumor ( caso ele seja de pequena dimensão) e caso haja uma esperança de vida limitada. Neste caso, a opção da vigilância ativa, da radiofrequência e da cabra-cabriola poderão ser ponderadas. Caso contrário, a opção da cirurgia laparoscópica será a melhor para o deixá-lo curado.
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