Saúde Mental

Veja como a psiquiatria atua no tratamento da depressão

Por Redação Doutíssima 23/10/2014

Tristeza, pessimismo, sensação de vazio e baixa autoestima são sintomas característicos da depressão. A doença, dizem especialistas, é desencadeada por alterações químicas no cérebro. Calcula-se que de 4 até 24 % da população mundial tenha ou já teve depressão – o que torna a psiquiatria ainda mais importante no combate à doença.

psiquiatria

Ajuda profissional é essencial para vítimas da doença. Foto: iStock, Getty Images

Nas mulheres, as chances de registro da patologia são duas vezes maiores que nos homens. Acredita-se que a incidência mais frequente nas pessoas do sexo feminino ocorra por conta da maior exposição a hormônios, como os da menstruação, da gravidez, do parto e da menopausa, por exemplo.

 

Identificar uma pessoa deprimida é relativamente fácil, já que ela demonstra indícios físicos (olhos opacos, pele ressecada, baixa temperatura corporal, rugas na região da testa) e emocionais (sensação constante de culpa, fracasso e auto-reprovação, desesperança e pensamentos suicidas).

 

Como a psiquiatria ajuda em casos de depressão

 

A depressão é um quadro que pode acometer indivíduos nas mais diversas idades. Mesmo assim, existe alta ocorrência da patologia em pessoas na faixa dos 35 aos 45 anos. De forma geral, a depressão é tratada com intervenção psicológica e psiquiatria.

 

Portanto, além de terapia, o acompanhamento do psiquiatra é fundamental para lidar com a questão, considerando tanto a necessidade de prescrição dos melhores remédios para cada caso como o desenvolvimento de um trabalho de aconselhamento.

 

Com o avanço da medicina e da psiquiatria, os remédios empregados no combate à depressão sinalizaram grandes progressos. Hoje, já há antidepressivos capazes de contornar a doença produzindo efeitos adversos mínimos.

 

O acompanhamento da depressão pela psiquiatria deve ser feito sob supervisão do médico especialista à medida que é sabido que a saída de um quadro depressivo acontece de maneira gradual, ou seja, há altos e baixos.

 

Já no início do uso de medicação, o paciente passa a perceber momentos menos difíceis em sua rotina, ainda que alguns sintomas de depressão sejam alternados. Tais períodos, ao longo da terapia, aos poucos se tornam mais frequentes, ao passo que os períodos melancólicos ficam mais raros.

 

Psiquiatria e o tratamento

 

Ao estar sob os cuidados da psiquiatria, o deprimido irá perceber o funcionamento deste mecanismo de cura, tendo uma melhor noção de que recaídas são prováveis, mas que o abandono do tratamento não deve ser cogitado.

 

O cérebro é um órgão dotado de células nervosas, os neurônios, e substâncias químicas responsáveis pela conexão entre eles – os neurotransmissores. Em condições normais, a quantia dessas substâncias é equilibrada.

 

Em episódios de depressão, contudo, as substâncias de conexão caem absurdamente. As composições antidepressivas incrementam a oferta de neurotransmissores, estimulando, assim, o retorno ao estado normal.

 

Tem-se conhecimento de que a depressão é um problema que tende a ser recorrente em grande parcela dos pacientes. Quem já passou por quadro depressivo tem 50% de possibilidade de ser afetado novamente pela doença. Desse modo, há pacientes que precisam adotar medicamentos durante muitos anos.

 

Outros passam a ter de tomar remédio pela vida toda para então manter afastada a possibilidade de recorrência. Nestes casos, uma boa relação médico-paciente é imprescindível para que não ocorram desistências no tratamento.