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Toxoplasmose na gravidez: conheça as causas e avalie os riscos

Por Redação Doutíssima 05/11/2014

Uma doença popularmente conhecida pela transmissão através dos gatos aterroriza as gestantes. A toxoplasmose na gravidez é realmente muito séria, pois pode ser muito grave pelo risco de contaminação do feto. Entre as sequelas que pode causar no bebê está o risco da cegueira e problemas no desenvolvimento físico e mental.

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Doença é potencialmente perigosa durante a gestação. Foto: iStock, Getty Images

Mas calma! Não é preciso ficar desesperada. Com alguns cuidados simples no dia a dia, é possível evitar o contágio e não correr riscos com essa doença.

Como ocorre o contágio da toxoplasmose

A toxoplasmose é uma infecção causada pelo parasita Toxoplama Gondii e pode ser contraída por qualquer pessoa que tiver contato com as fezes e urina de animais, especialmente os gatos, ou mesmo na terra que tenha sido contaminada por estes dejetos.

Verduras e frutas rasteiras (como morangos), que podem ter contato com a terra contaminada, também oferecem risco. A doença ainda pode ser adquirida através de carnes contaminadas ou mal cozidas. Os sintomas podem se manifestar em qualquer pessoa, independente do sexo, mas a toxoplasmose na gravidez é especialmente perigosa.

Riscos da toxoplasmose na gravidez

As pessoas podem ter contato com o vírus sem tomar conhecimento por não ter havido a manifestação de qualquer sintoma. Isto não é incomum. Por isto, durante a gravidez, junto com as análises do pré-Natal a mulher realiza dois tipos de exame que detectam a presença dos anticorpos IgC e IgM.

Se der positivo no caso do IgC, quer dizer que a mulher já teve contato com a doença e se tornou imune a ela. Não ocorre reinfecção no caso desta doença. Se der positivo para IgM, isso quer dizer que a mulher está infectada pela toxoplasmose. Aí é preciso tratar com o máximo de urgência, fazendo uso de antibióticos receitados por um médico.

A toxoplasmose na gravidez pode causar aborto, crescimento do bebê abaixo do normal ou de forma mais lenta do que o esperado e provocar parto prematuro antes de 37 semanas.

Além disso, diversos problemas de má formação também são possíveis, como: retardo mental, pneumonite, problemas sérios de visão, microftalmia – olhos muito pequenos, hidrocefalia ou microcefalia – cabeça pequena, alterações no baço e no fígado, além de lesões da pele.

Quanto mais no início ocorre a toxoplasmose na gravidez, mais riscos são oferecidos à criança, mas o risco de passá-la ao feto é menor. No primeiro trimestre a chance da doença passar para o embrião é de 20%, mas é neste período que a toxoplasmose se manifesta de forma mais agressiva para o feto.

Podem ocorrer também abortos espontâneos. Quando o contágio ocorre no segundo trimestre, a chance do bebê contrair é maior que no primeiro, mas a manifestação na criança é menos agressiva. No terceiro trimestre da gestação a contaminação do bebê pela toxoplasmose, quando a mãe tem a doença, é comum, mas com bem menos riscos ao bebê.

Cuidados para evitar a toxoplasmose na gravidez

Os gatos não precisam ser banidos do seu convívio, mas tenha alguns cuidados. Para evitar a toxoplasmose na gravidez não limpe a caixinha de areia de gatos sem estar protegida com luvas – ou peça que alguém faça esta tarefa por você.

Carnes devem ser consumidas muito bem cozidas. As verduras e legumes devem ser muito bem lavados, preferencialmente deixados de molho em solução higienizadora antes do consumo. Não utilize a mesma tábua de cortar carne para picar os legumes, pois a carne crua pode contaminar os vegetais.