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Problemas circulatórios podem ter relação com diabetes

Por Redação Doutíssima 10/12/2014

O diabetes é uma doença que pode ser facilmente tratada e controlada, mas, se esse controle não for feito da maneira correta, o paciente corre riscos seríssimos, entre eles os problemas circulatórios, que levam a amputações. Segundo dados do Ministério da Saúde, 70% das cirurgias para retirada de membros no Brasil têm como causa o diabetes mal controlado.

 

Estima-se que sejam realizadas em torno de 55 mil amputações a cada ano. Isto porque grande parte das complicações clínicas do diabetes está relacionada ao sistema circulatório. Infecções ou problemas na circulação nos membros inferiores estão entre as complicações mais comuns em quem tem a doença mal controlada. Por isto, todo diabético deve procurar manter a sua taxa glicêmica sob controle e fazer exames regulares para evitar tais complicações.

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Amputações são causadas por complicações da doença. Foto: iStock, Getty Images

Metade dos pacientes com diabetes que já têm mais de 60 anos apresenta o chamado “pé diabético”, uma doença que pode ser evitada. Estas alterações ainda podem causar neuropatia, úlceras, infecções, isquemia ou trombose.

 

Geralmente, elas começam a ocorrer quando as taxas de glicose permanecem altas durante muitos anos, sem o devido controle. E caso o pé diabético não seja devidamente tratado, a chance de amputação do membro é grande.

 

Feridas são sinais graves do diabetes

 

Quem sofre com este problema, geralmente apresenta sintomas de formigamento, perda de sensibilidade local, queimação nos pés e nas pernas, dormência e sensação de agulhadas, além de uma fraqueza recorrente nas pernas. A presença destes sintomas costuma piorar durante o período da noite, ao deitar.

 

Normalmente, estes sintomas só são percebidos pelo indivíduo quando a doença já se encontra em um estágio avançado e, quase sempre, por meio de uma ferida, ou uma infecção, o que torna o tratamento mais difícil devido aos problemas de circulação inerentes ao diabetes.

 

A manifestação dos sintomas se torna mais frequente após alguns anos de diabetes mal controlado, pois muitas pessoas passam a apresentar problemas de diminuição da circulação arterial e da sensibilidade em pés e pernas em virtude disto, o que faz com que a prevenção seja a maneira mais eficaz de evitar a complicação.

 

Por isto, é fundamental manter os níveis glicêmicos controlados, fazer exame visual dos pés diariamente e avaliação médica de forma periódica. Independente se o diabetes é do tipo 1 ou da 2, o ideal é que todo diabético passe, regularmente, por uma avaliação dos pés.

 

Diabetes exige cuidado redobrado com os pés

 

Para evitar estas complicações, examine os pés diariamente em um lugar bem iluminado. Verifique a existência de frieiras, cortes, calos, rachaduras, feridas ou alterações de cor. Além disto, procure manter os pés sempre limpos, usando água morna, ao invés de quente, para evitar queimaduras.

 

Para secar, utilize toalha macia, evitando esfregar a pele. Também procure manter a pele hidratada, mas sem passar creme entre os dedos ou ao redor das unhas. Use meias sem costura, dando preferência para tecidos de algodão.

 

Outro cuidado a ser adotado por quem é diabético é durante o momento de se cortar as unhas. O corte deve ser quadrado, tendo as laterais levemente arredondadas, e sem a retirada da cutícula.

 

Além disto, mantenha os pés sempre protegidos, inclusive na praia e na piscina. De preferência para calçados fechados, macios, confortáveis e com solados rígidos, que ofereçam firmeza. No caso de se observar qualquer alteração nos pés, contate de imediato seu médico.

 

 

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