Saúde

Não corra riscos: saiba proteger-se da malária

Por Redação Doutíssima 12/12/2014

Considerada uma das doenças mais perigosas no mundo, a malária é causada por protozoários do gênero Plasmodium, transmitida por um mosquito chamado Anopheles darlingi, parecido com o pernilongo. Transmitido apenas pela picada da fêmea, principalmente ao entardecer e à noite, o protozoário se aloja no fígado e se multiplica na corrente sanguínea.

 

No Brasil, a Amazônia é a região que registra o maior número de casos. Ao todo, estima-se que 98% dos casos de malária no País se dêem nesta área. Para prevenir a doença, alguns cuidados devem ser adotados para evitar o seu contágio, principalmente, por aqueles que pretendem viajar para alguma das regiões onde o risco de transmissão é maior.

malária

Doença ataca organismo a partir do fígado. Foto: iStock, Getty Images

Febre é alerta para a malária

 

Caso a pessoa apresente um quadro de febre após ter visitado áreas de risco, a possibilidade de ter contraído malária deve ser levada em consideração.

 

Os sintomas mais comuns da doença são febre alta, geralmente aparecem duas semanas depois do contágio, calafrios intensos que se alternam com ondas de calor e sudorese em abundância, dor de cabeça, dores no corpo, falta de apetite, pele amarelada e cansaço.

 

Para que se confirme o diagnóstico, é necessário fazer um exame de lâmina, também chamado de gota espessa ou esfregaço, que consiste em puncionar a ponta de um dedo para obter uma gota de sangue e analisá-lo.

 

A doença pode levar à morte se não receber o tratamento adequado, em determinados casos. Segundo o Ministério da Saúde, ele deve ser feito por via oral, não devendo ser interrompido para evitar o risco de recaídas. O medicamento mais indicado para o tratamento é o vivax, que não provoca efeitos colaterais.

 

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), nos últimos 12 anos, a taxa global de morte por malária caiu 45% e a incidência da doença diminuiu 29%. Ainda de acordo com a OMS, em 2012, houve 207 milhões de casos da doença, que causaram 627 mil mortes, aproximadamente.

 

Pelo estudo da OMS, 80% dos casos da doença ocorrem na África. Já na Amazônia, o número de casos caiu 30 % de 2012 para 2013. No entanto, mesmo com a redução de casos, a malária continua sendo um problema sério na Amazônia.

 

Como prevenir a malária

 

Apesar do risco da doença, pesquisadores japoneses desenvolveram uma vacina contra a  doença que pode diminuir até 72% o número de pessoas infectadas. Os efeitos da vacina foram os melhores obtidos até o presente momento.

 

Mesmo ainda estando em teste, os avanços da vacina contra malária são positivos, podendo vir a se tornar a solução definitiva contra a doença. Isto porque, embora existam alguns medicamentos preventivos, a resistência a estes medicamentos vem crescendo ano a ano.

 

Enquanto isto não acontece, é importante saber se proteger da malária com medidas simples, como fazer uso de repelente no corpo todo, camisa de mangas compridas e mosquiteiro, quando estiver em zonas endêmicas, assim como manter portas e janelas fechadas com telas.

 

Durante a estadia nestas regiões, também procure evitar tomar banhos em igarapés e lagoas ou expor-se a águas paradas ao anoitecer e ao amanhecer, horários em que os mosquitos mais atacam.

 

No caso de viajar para regiões onde a transmissão da doença é alta, busque um serviço especializado para tomar medicamentos antes, durante e depois da viagem. Nunca se automedique ou faça prevenção medicamentosa por conta própria. Independente de ter feito a quimioprofilaxia, procure atendimento médico em caso de febre.

 

 

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