O transtorno dismórfico corporal – TDC é considerado um transtorno psiquiátrico já que o indivíduo sofre de um tipo de ansiedade social elevada por medo de análise, críticas ou comentários de outras pessoas sobre sua aparência.
Transtorno dismórfico corporal, eterna insatisfação
Na verdade, a pessoa tem uma imagem distorcida de si própria e acredita que as outras pessoasao rejeitam por isto. O transtorno dismórfico corporal pode chegar a causar isolamento social, falta de habilidade em lidar com outras pessoas e muito comumente, mudanças grandes e constantes na aparência sem nunca sentir-se satisfeito.
O transtorno dismórfico corporal é uma atualização do termo “dismorfofobia”, utilizado há mais de 100 anos. Ou seja, este sentimento de feiura que afeta muitas pessoas não é uma novidade, ele afeta a humanidade há muito mais tempo do que se imagina.
A pessoa com este problema acredita que sofre de algum defeito físico, especialmente na face e acaba por desenvolver uma neurose compulsiva.
A vergonha que o indivíduo que sofre do transtorno dismórfico corporal tem é tão grande em relação ao seu corpo e rosto, que ele passa a ter certa repulsão por qualquer pessoa que ele ache que se enquadre neste perfil “feio”, incluindo a si mesmo.
Ele não se aceita e tem reservas em relação a outras pessoas. De forma muito frequente, pessoas que sofrem deste transtorno acabam criando uma hipocondria da beleza, investindo todo o seu tempo e dinheiro em mudanças físicas e estéticas. Isto inclui inúmeras plásticas e procedimentos, inclusive os invasivos.
Transtorno dismórfico corporal, sofrimento sem fim
As ideias obsessivas que o doente do TDC tem acabam o levando a um sofrimento que nunca acaba, pois após cada procedimento, ele vai entender que ainda não é o suficiente, vai se frustrar e já ficará planejando o que pode fazer em outro procedimento e assim por diante.
E enquanto não conseguir a sonhada correção, sofrerá com sua aparência. Quando conseguir fazer, o processo volta a se repetir… Muitas pessoas, mesmo com boas condições financeiras, acabam indo à falência, porque nem todo o dinheiro investido parece ser capaz de curar esta “feiura” que eles imaginam ter.
Este problema atinge pessoas de diferentes classes sociais e idades. Quantos famosos fizeram tantos procedimentos com a intenção da beleza perfeita ou eterna que ficaram completamente descaracterizados?
O transtorno dismórfico corporal exige tratamento sério, longo e específico. É indicado acompanhamento psiquiátrico, associado a terapias cognitivas e comportamental com diferentes recursos, como fotos, audiovisuais, entre outros.
É importante que o doente se conscientize de seu problema ou conte com a ajuda de amigos e família para que busque tratamento.
O objetivo do tratamento comportamental com diferentes meios é fazer com que a pessoa volte a ter a imagem real dos seres humanos, incluindo a si mesma, através de alguns “confrontos”.
A terapia cognitiva deve utilizar formas de incluir modificação de pensamentos negativos e distorcidos e de crenças irracionais sobre aparência física ao indivíduo. A discussão profunda sobre a imagem das pessoas pode devolver a autoestima do paciente.
O uso de medicamentos também pode ser prescrito pelo médico, já que este transtorno demonstra características compulsivas e obsessivas.
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