Você costuma ler o rótulo das embalagens antes de consumir um alimento? Se a sua respostão é não, você pode estar “comprando gato por lebre”. Mas se você já tem esse hábito, saiba que pode existir ainda um outro problema. Geralmente a informação nutricional contida nos rótulos é feita sobre uma pequena quantidade de produto. Isso pode fazer com que você pense que o alimento possui pouca adição de açucar, por exemplo, mas essa quantidade é sobre uma pequena parte e não sobre a média de produto consumido.
Fique de olho!
A Anvisa, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, órgão responsável pela regulação da rotulagem de alimentos, estabelece as informações que um rótulo deve conter para garantir a qualidade do produto ao consumidor. Mas infelizmente muitos fabricantes não seguem essa orientação. A nutricionista Renata Rodrigues de Oliveira alerta sobre a importância de se prestar atenção na tabela nutricional dos alimentos. “Corremos o risco de levar para casa alimentos ditos saudáveis, mas que na verdade não são. Além disso, as informações contidadas nas embalagens podem ser gandes aliadas na luta contra a balança”, afirma a especialista.
Calcule a informação nutricional dos rótulos
A nutricionista ensina que para quem quer emagrecer uma boa dica é ler a informação nutricional na embalagem do alimento. Para converter o peso da porção em calorias você deve multiplicar o valor da quantidade (em gramas) de gorduras do alimento por 9. “Se o resultado for um valor acima de 36, tome cuidado. Há uma grande chance de acumular gorduras no corpo e acabar engordando”, avisa a dra. Renata Rodrigues de Oliveira. O cálculo é bem simples! Damos o exemplo de uma porção chocolate que consta na informação nutricional 8,6 gramas de gordura. Multiplicando 8,6 por 9 e o resultado é de 77,4. Mais do dobro recomendado.
Alimentação saudável
O Ministério da Saúde lançou rescentemente o novo “Guia Alimentar para a População Brasileira”. A atualização da publicação relata quais cuidados e caminhos para alcançar uma alimentação saudável, saborosa e balanceada. A nova edição, ao invés de trabalhar com grupos alimentares e porções recomendadas, indica que a alimentação tenha como base produtos frescos (frutas, carnes, legumes) e minimamente processados (arroz, feijão e frutas secas), além de evitar os ultraprocessados (como macarrão instantâneo, salgadinhos de pacote e refrigerantes).
Conheça o que quer dizer cada informação contina nas embalagens
– Valor Energético
É a energia produzida pelo nosso corpo proveniente de carboidratos, proteínas e gorduras totais. Na rotulagem nutricional, o valor energético é expresso em forma de quilocalorias (kcal) e quilojoules (kJ).
– Carboidratos
São os componentes dos alimentos cuja principal função é fornecer energia para as células do corpo, principalmente do cérebro. São encontrados em maior quantidade em massas, arroz, açúcar, mel, pães, farinhas, tubérculos e doces em geral.
– Proteínas
São os componentes dos alimentos necessários para a construção e manutenção de nossos órgãos, tecidos e células. Encontramos proteínas nas carnes, ovos, leites e derivados e também nas leguminosas como feijão, soja e ervilha.
– Sódio
O sódio está presente no sal de cozinha e em alimentos industrializados (salgadinhos de pacote, molhos prontos, embutidos, produtos enlatados com sal moura), devendo ser consumido com moderação, uma vez que o consumo excessivo pode levar ao aumento da pressão arterial. Evite os alimentos
que possuem altos %VD em sódio.
– Gorduras Saturadas
Tipo de gordura presente em alimentos de origem animal. São exemplos: carnes, toucinho, pele de frango, queijos, leite integral, manteiga, requeijão e iogurte. O consumo desse tipo de gordura deve ser moderado porque, quando consumido em grandes quantidades, pode aumentar o risco de desenvolvimento de doenças do coração. Altos %VD significam que o alimento apresenta grande quantidade de gordura saturada em relação à necessidade diária de uma dieta de 2.000 Kcal.
– Gorduras Trans (ou Ácidos Graxos Trans)
Tipo de gordura encontrada em grande quantidade em alimentos industrializados, como as margarinas, cremes vegetais, biscoitos, sorvetes, snacks (salgadinhos prontos), produtos de panificação, alimentos fritos e lanches salgados que utilizam as gorduras vegetais hidrogenadas na sua preparação. O consumo desse tipo de gordura deve ser muito reduzido, considerando que o nosso organismo não necessita desse tipo de gordura e ainda porque, quando consumido em grandes quantidades, pode aumentar o risco de desenvolvimento de doenças do coração. Não se deve consumir mais que 2 g de gordura trans por dia.
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