O câncer de esôfago é mais comum em homens do que em mulheres. Na fase inicial, não apresenta sintomas, porém com o desenvolvimento do tumor, evidencia sinais característicos da neoplasia.
Esses sinais podem ser dor forte e dificuldade em engolir e obstrução do canal que impede a passagem dos alimentos. O diagnóstico precoce é fundamental e aumenta as chances de cura em até 98%.
Fatores de risco para o câncer de esôfago
A incidência do câncer de esôfago aumenta conforme a idade do paciente. O surgimento do tumor é raro antes dos 40 anos e mais frequente após os 60 anos. Homens têm três vezes mais chances de desenvolver a doença do que mulheres
A estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca) é que só no ano de 2015 quase 11 mil pessoas sejam diagnosticadas com este tipo de câncer, sendo 7.890 homens e 2.740 mulheres. Esta neoplasia também é mais comum em pessoas negras, mesmo que os médicos ainda não tenham explicação para a maior incidência.
Tabagismo e álcool também são considerados fatores de risco importantes para o desenvolvimento da doença no organismo.
Pacientes com histórico de problemas gástricos, como refluxo, acalasia e síndrome de Plummer, quando surgem membranas ao longo do tubo digestivo devido à deficiência de ferro, têm risco aumentado para o desenvolvimento de câncer de esôfago.
Outros fatores de risco são dieta pobre em verduras, legumes e frutas, obesidade, exposição prolongada a produtos tóxicos e radioativos, histórico prévio de câncer de cabeça e pescoço e alguns agentes infecciosos, como o vírus do papiloma vírus humano, o HPV.
Sintomas do câncer de esôfago
O câncer de esôfago, em sua fase inicial, é assintomático. Com a progressão da doença, surgem sintomas característicos, como:
1. Dificuldade e dor para engolir, chamada de disfagia, e isso evidencia que a doença já está em estágio avançado
2. Sensação de obstrução na passagem de alimento
3. Dor Torácica
4. Vômitos e náuseas
5. Rouquidão e tosse
6. Perda de Apetite
7. Emagrecimento, a perda de peso pode chegar até 10% do peso corporal da pessoa
Existem duas formas deste câncer, o Carcinoma Espinocular e o Adenocarcinoma, sendo o primeiro responsável por 96% dos casos.
No Carcinoma espinocelular, o tumor se forma a partir de alterações de células escamosas, geralmente, parte inicial do órgão. Mais raro, o Adenocarcinoma se origina de alterações das células glandulares e acomete, principalmente, a parte final do esôfago.
Diagnóstico e tratamento para o câncer
O diagnóstico do câncer é feito através da endoscopia digestiva, análises citológicas das células do órgão. Uma endoscopia com biópsia também pode ser pedida pelo médico em casos mais avançados da doença, ou seja, quando já há disfagia, dificuldade e dor ao engolir.
O tratamento para doença pode exigir cirurgia, radioterapia e quimioterapia, de maneira combinada ou isolada. Tumores em fase inicial podem ser retirados pela boca, sem necessidade de cortes, mas este procedimento é raro.
A cirurgia, no entanto, é a indicação na maioria dos casos e, dependendo da extensão do tumor, tem função paliativa e não curativa.
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