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Entenda como funciona a cirurgia cardíaca

Por Redação Doutíssima 25/04/2015

A cirurgia cardíaca, normalmente tratada como cirurgia cardiovascular, é uma subespecialidade médica que se ocupa do tratamento cirúrgico de doenças do coração. Entre as cirurgias cardíacas mais realizadas, estão a revascularização miocárdica e a correção de doenças das valvas cardíacas.

Trata-se de uma área de suma importância na medicina atual, já que doenças do coração estão entre as principais causas de morte do mundo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, até 7 milhões de pessoas morrem devido a infarto do miocárdio a cada ano.

Cirurgia cardíaca Foto: Shutterstock

Incorporação de tecnologias tem possibilitado cirurgias minimamente invasivas. Foto: Shutterstock

No passado, a cirurgia cardíaca representava maior perigo do que atualmente. Hoje em dia, a incorporação de novas tecnologias tem possibilitado algumas intervenções minimamente invasivas, com auxílio de videoendoscopia torácica e robôs que apresentam sistemas de inteligência integrados.

Mas há muitos procedimentos cirúrgicos que necessitam de uma intervenção mais invasiva, inclusive com parada total do coração. Nesses casos, realiza-se a circulação extracorpórea: todo o movimento sanguíneo é orquestrado por aparelhos.

A boa notícia é que novos conhecimentos, tecnologias e técnicas de cirurgia cardíaca diminuíram consideravelmente a taxa de mortalidade dos pacientes. Um exemplo é a cirurgia para correção de defeitos cardíacos congênitos, a qual apresenta atualmente em torno de 5% de taxa de mortalidade.

Outra preocupação de quem passa por cirurgia cardíaca são os danos neurológicos, que também foram reduzidos nas últimas décadas. Em geral, 2% das pessoas que passam por procedimentos cardíacos sofrem derrame cerebral.

Normalmente, pessoas com idade mais avançada correm mais riscos em cirurgia cardíaca. Idosos também têm um tempo de recuperação maior do que pessoas mais jovens. Esse tempo de recuperação varia conforme a idade e a saúde do paciente, o método utilizado para o procedimento e o problema corrigido.

Após a cirurgia, por um período indicado pelo médico, o paciente não deve realizar esforço físico, carregar pesos, fumar e ingerir álcool. Sintomas como febre, falta de ar, tontura e dor no peito devem ser comunicados imediatamente ao médico.

Tipos de cirurgia cardíaca

Há quatro tipos principais de cirurgia cardíaca além do transplante de coração. Conheça:

– Válvulas: as válvulas cardíacas estão entre as principais partes do órgão vital do corpo humano. Quando uma apresenta algum problema, ela deve ser reparada ou até trocada. A cirurgia de reparação busca consertar a válvula sem precisar trocá-la. Caso não seja possível, o cirurgião pode substituí-la por uma artificial. Entre as principais válvulas cardíacas, estão a mitral, a aórtica, a tricúspide e a pulmonar.

– Coronárias: artérias coronárias que estão obstruídas exigem procedimentos cirúrgicos de revascularização do miocárdio. O processo se dá pelo uso de enxertos ou veia safena. Com o incremento, aprimora-se o fluxo sanguíneo na área afetada. Essa cirurgia é conhecida popularmente como “ponte de safena”.

– Doenças congênitas: as cardiopatias congênitas são defeitos cardíacos transmitidos geneticamente. Nem sempre necessitam de cirurgia. Entre as mais comuns, encontra-se a doença de defeito do septo atrial, abertura em uma das paredes internas do coração.

– Marca-passo: o procedimento cirúrgico conhecido como “marca-passo” consiste na implantação de geradores de impulsos elétricos por eletrodos até a parte interna do coração para manter a frequência dos batimentos cardíacos. A cirurgia é necessária quando as células responsáveis por esses impulsos elétricos que produzem as batidas do coração estão descompassadas.

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