Nas estantes das livrarias, existem diversos livros de autoajuda para as pessoas. A leitura é, sem dúvida alguma, um dos meios mais eficientes de buscar informação, formar opiniões e desenvolver o senso crítico.
Mas, apesar de fundamentais, os livros não devem ser vistos como a receita pronta para solucionar todos os problemas da vida. Especialmente os de autoajuda precisam de muito olhar crítico.
Com a diversidade oferecida pelo mercado, é cada vez mais urgente que as pessoas aprendam como absorver o que realmente importa diante de um livro. Isso começa pela escolha.
“É importante buscar livros nos quais os autores já tenham uma trajetória literária de anos e que sejam reconhecidos como escritores”, explica a psicóloga e psicanalista Katya de Azevedo Araújo, que atende no Núcleo de Atendimento Psicológico (NAP), de Novo Hamburgo.
Livros de autoajuda devem levar a pensar
Katya salienta que em nenhuma situação é benéfico “levar ao pé da letra” o que se lê, não importa se são ou não livros de autoajuda, ou qualquer outro estilo literário. Segundo ela, a leitura deve sempre levar o leitor a uma reflexão crítica da vida e dos fatos. “Convidar o leitor a pensar”, completa a psicanalista.
Diante de qualquer expectativa extrema, como desejar encontrar a resposta para todos, ou mesmo determinado problema, em livros de autoajuda, a frustração é inevitável. É preciso saber lidar com essa possibilidade e entender que não existem modelos ou manuais que ensinam a ser feliz.
A vida é única e todo ser humano é singular. “Não existe fórmula pronta para nada e que valha para todos. Cada caso é um caso e deve ser contextualizado, nunca generalizado, isso não está em nenhum livro nem no livros de autoajuda. Esta é a condição humana”, afirma a psicóloga.
Por isso, ela reforça a importância de desenvolver a capacidade crítica diante da leitura. Algo que as pessoas adquirem com o tempo e com o envolvimento e dedicação ao assunto. A leitura tem como objetivo transmitir conhecimento e cultura. A capacidade crítica, segundo Katya, vem como consequência.
Alguns dos livros de autoajuda mais vendidos
Separamos cinco livros desse gênero que são mais vendidos nas livrarias. Se você se interessar, procure-os nos estabelecimentos para realizar a compra. Mas não se esqueça de manter o olhar aguçado e o senso crítico na hora da leitura.
1. Ansiedade – Augusto Cury – Editora Saraiva
O autor tenta desvendar o funcionamento da mente humana, que é capaz de gerenciar os pensamentos e sentimentos das pessoas.
2. Pequena Filosofia da Manhã – Catharine Rambert – Editora L&PM
Catherine Rambert compartilha 365 pensamentos – um para cada dia do ano – que têm o intuito de ajudar as pessoas a encontrarem o equilíbrio e a calma para o dia a dia.
3. Limite Zero – Joe Vitale – Editora Rocco
Vitale explora e atualiza um antigo sistema de cura havaiano, com o objetivo de purificar a mente das ações e pensamentos negativos.
4. Você Pode Curar Sua Vida – Louise Hay – Editora Best Seller
A ideia central é que os pensamentos podem afetar a vida das pessoas, inclusive a saúde.
5. Linguagem do Corpo – Cristina Cairo – Editora Barany
A autora explora a noção de que o corpo pode falar mais do que as palavras. Então, é importante entender essa linguagem para saber se posicionar no mundo.
Gostou do artigo? Qual é a sua opinião sobre ele? Venha compartilhar suas experiências e tirar suas dúvidas no Fórum de Discussão Doutíssima! Clique aqui para se cadastrar!