Saúde Mental

Orgulho: descubra como lidar com esse sentimento

Por Redação Doutíssima 20/07/2015

O orgulho pode ser reconhecido como um sentimento positivo ou negativo, mas não deve ser confundido com autoestima elevada ou autoconfiança. Moderadamente, ele é necessário para o emocional do indivíduo. No entanto, pode se tornar uma força negativa se existir em excesso. Por isso, é importante encontrar o equilíbrio para lidar com essa emoção.

 

No sentido positivo, o orgulho, geralmente, é visto quando uma pessoa sente uma grande satisfação por ter realizado um feito que considera relevante – e importante para si como também para outros.

orgulho

Pessoas orgulhosas podem passar a impressão de que são egoístas e arrogantes. Foto: iStock, Getty Image

Conforme um estudo da Northeastern University, nos Estados Unidos, esse sentimento, com moderação, é essencial para estimular a vontade da pessoa de continuar superando seus limites. No entanto, é preciso ter muito cuidado para que o orgulho não se transforme em algo narcisístico e arrogante.

Orgulho e egoísmo

Quando um sujeito acredita ser muito melhor que os outros, existe a grande chance de ele ser visto como uma pessoa egoísta, incapaz de se colocar no lugar do outro. As afirmações são da psicóloga Gabriela Moraes. Ela explica como ser orgulhoso pode atrapalhar as relações humanas.

O orgulho pode separar o “orgulhoso” de outras pessoas. E esse ser é visto como uma pessoa extremamente crítica, fazendo com que os outros se sintam inferiores, rebaixados e desprezados de alguma forma.

“Assim, acabam por perder amizades e se distanciar de familiares. Esse sentimento, muitas vezes, serve como um escudo, uma defesa contra certos medos e insegurança”, diz a psicóloga.

Gabriela explica ainda que existe uma linha tênue, que confunde o orgulho com a vergonha que muitas vezes as pessoas têm por algum motivo, e acabam se isolando.

Mas, de acordo com ela, esse sentimento fará com que a pessoa, por exemplo, continue errando em alguma situação pelo simples fato de não querer ouvir e aceitar conselhos e sugestões de outras pessoas.

Esse comportamento pode, inclusive, levar à perda de oportunidades que lhe surgirem. “No entanto, neste mesmo exemplo, porém com uma pessoa ‘envergonhada’, ela poderá deixar passar uma grande oportunidade. mas dessa vez pelo fato de fazer uma pré-avaliação interna de incapacidade”, reforça Gabriela.

Para transformar esse quadro em algo positivo, Gabriela diz que o primeiro passo é  identificar quais são as situações em que há mais problemas e  quais as respostas inapropriadas.

Terapia pode ajudar a superar o orgulho

A partir do momento em que um pensamento se torna disfuncional, que passe a prejudicar algum contexto da vida do indivíduo, seja profissional, pessoal, acadêmico ou familiar, é indicado que se busque uma ajuda profissional.

“Na prática clínica, o que eu vejo com resultados mais eficazes é a Terapia Cognitivo Comportamental, onde o indivíduo identificará suas distorções cognitivas, reavaliando-as e corrigindo-as”, sugere Gabriela.

Nessa abordagem, segundo a psicóloga, a pessoa é orientada a pensar e a agir de modo mais realista e adaptado sobre seus problemas, reduzindo, assim, os sintomas.

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