A ideia do uso do fórceps pode gerar medo em algumas mulheres. Porém, cada vez mais se disseminam orientações sobre o parto normal ou vaginal. Atualmente, campanhas se intensificam para que se evite ao máximo cesarianas.
Os benefícios defendidos por quem apoia o parto normal são inúmeros, como a recuperação mais rápida da mãe. Mas podem haver imprevistos e aí medidas especiais são necessárias, como o uso desse recurso.
Normalmente, ele se dá diante de dificuldade da mãe durante o chamado período expulsivo, que pode se traduzir em sofrimento fetal ou exaustão da mulher. É quando o bebê está prestes a nascer e já se localiza bem abaixo no canal de parto, e a cesárea não é mais indicada. É preciso correr contra o tempo.
Fórceps torna o parto mais rápido
Assim, diante desse contexto, a opção mais acertada pode ser o uso do fórceps ou ainda de uma ventosa a vácuo para que se preserve a mãe e o bebê, e se obtenha um parto mais rápido.
O uso do recurso pode gerar receio, medo principalmente de que o bebê seja machucado. Mas, existem poucas evidências científicas que apontem sequelas e vantagens na utilização desse instrumento. Até 5% dos partos normais podem exigir o uso do fórceps, com bons resultados.
Atualmente, a maioria dos médicos obstetras já não usam mais o fórceps alto, e a prática se dá com o denominado instrumento de alívio, quando já é possível avistar o couro cabeludo do bebê na vulva da mãe.
Entre as mulheres americanas, recentemente realizou-se um estudo com 3.200 voluntárias que fizeram cesárea de emergência em 13 hospitais.
Segundo esse estudo, em 640 casos que tinham indicação, os obstetras optaram pelo uso do fórceps como último recurso antes da cesárea, com excelentes resultados. Nessa pesquisa, não houve registro como complicações no recém-nascido, como fraturas ou qualquer outro tipo de trauma.
É preciso confiar no uso do fórceps
Para que seja possível o uso desse instrumento, há alguns inconvenientes e um deles é a episiotomia, uma incisão no períneo, entre a vagina e o ânus, para que seja mais fácil a introdução, assim como o posicionamento do bebê.
Quando o instrumento está ajustado na cabeça do bebê, o obstetra puxa com uma rápida pressão, enquanto a paciente faz força, empurrando seu filho.
Não há nenhum motivo para se ter medo ou preocupação diante da possibilidade de uso dessa técnica. O importante é ter confiança no profissional que vai executar o procedimento e, durante a gestação, procurar informações sobre tudo o que pode acontecer, todas as eventualidades e, assim, estar preparada.
Além de tudo isso, um estudo publicado em 2010 na Femina, periódico da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), aponta que o uso desse instrumento ou da ventosa a vácuo depende de alguns fatores.
É preciso considerar as vantagens e desvantagens, a habilidade do médico que está operando o parto e, muito importante, a opinião da parturiente.
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