Quando há febre em crianças, é comum as mães ficarem preocupadas. Qualquer alteração, por menor que seja, gera ansiedade e medo. No entanto, esse quadro ansioso pode levar a atitudes equivocadas. O aumento da temperatura corporal nos pequenos é mais comum do que se imagina – e nem sempre sinaliza um problema grave.
A febre acontece quando o corpo apresenta uma temperatura superior a 37 graus centígrados. Trata-se de uma reação do organismo, um sinal de defesa a algum ataque. É nesse ponto que as mães se assustam quando percebem a febre em crianças pequenas.
Febre em crianças é sintoma frequente
A febre em crianças é o sintoma mais comum nos consultórios – responde por 30 a 40% dos atendimentos em pronto socorro e 20 a 30% nos consultórios médicos. A afirmação é do pediatra Tadeu Fernandes, que é presidente do Departamento de Pediatria Ambulatorial da Sociedade Brasileira de Pediatria.
Segundo Fernandes, 75% das mães procuram atendimento médico em menos de 24 horas ao constatar a febre em crianças. No entanto, o médico garante que não há essa necessidade, pois sendo um sintoma frequente, ele pode ser tratado de maneira mais simples.
“É comum nos pequenos por várias questões, entre elas o fato de que o sistema imunológico de uma criança ainda está em formação, logo, essa resposta vai ser mais frequente em crianças com menos de três anos”, explica o pediatra.
Só há uma situação em que a constatação de febre exige ação e atendimento médico imediato: quando a criança tiver menos de dois meses de idade. Nesse caso, tem de ir na hora para o pronto socorro.
Outro fator bem determinante, de acordo com Fernandes, é que as crianças, atualmente, vão cada vez mais cedo para a creche, por isso estão mais expostas a viroses, que podem causar febre. Assim, os pais devem ter mais calma ao lidar com o problema.
Como tratar febre em crianças
Um dos erros mais comuns entre os pais, ansiosos por verem a temperatura dos pequenos baixar, é intercalar antitérmicos. Segundo o pediatra, está totalmente errado.
Basta o tratamento com um tipo de antitérmico entre os três mais usados: ibuprofeno, paracetamol e dipirona, a cada quatro horas. “Todos eles agem da mesma forma, não é necessário intercalar, pois isso vai gerar uma confusão desnecessária”, explica.
Depois de medicar a criança,o mais importante é dar um banho e colocar roupas leves, não superagasalhar. A ingestão de água é fundamental, pois estar hidratado ajuda a lutar contra a febre.
No entanto, cuidado com o banho. Ele não pode ser gelado, pois isso pode causar um choque térmico e causar até a morte da criança.
Observe o pequeno por 24 horas tomando as providências descritas. Se o quadro febril ultrapassar esse período, o sinal de alerta na febre em crianças está aceso. Caso perceba que o seu filho está “largadinho”, respirando de forma ofegante, é indicado levá-lo ao médico.
Mesmo as constatações acima não precisam assustar os pais. Segundo Fernandes, 90% desses casos são de virose e somente 10% são de origem bacteriana. Então, não há motivos para desespero em um primeiro momento, mas tomar as atitudes necessárias de acordo com as orientações dadas.
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