Até os seis meses de vida, o bebê necessita somente do leite da mãe, com exceção para situações específicas em que a mulher não pode amamentar. Mas você sabia que a composição do leite pode variar? Por isso, há quem acredite que existem tipos de leite materno diferentes. No entanto, não é bem assim.
Por que achamos que existem tipos de leite materno?
O que as pessoas se referem como sendo tipos de leite materno, na verdade, é a mudança na composição que ocorre de acordo com a forma da mamada, com a idade do bebê e até mesmo com a maneira como a mãe se alimenta.
Entenda: no começo da mamada, o primeiro dos “tipos de leite materno” é o chamado leite anterior. De acordo com informações publicadas no livro The Breastfeeding Answer Book, nessa fase, o leite da mãe é rico em água e tem menor quantidade de gordura, é mais ralo e claro.
Já o leite posterior, é exatamente o contrário, rico em gordura, com menos água, garante a saciedade e o aumento de peso ao bebê.
Assim, fica claro que não há exatamente tipos de leite materno, mas sim uma mudança gradual, ou seja, ele muda no decorrer de cada mamada. Entenda como esse processo acontece e por que cada fase da amamentação é tão importante.
O leite da mãe é produzido por células chamadas lactócitos e é armazenado nos alvéolos, o conjunto dessas células. A produção de leite acontece antes e também durante a mamada. À medida que há essa produção, a gordura se acumula na parede do alvéolo em forma de glóbulos.
Conforme o peito vai esvaziando, esses glóbulos de gordura vão se deslocando em direção ao mamilo, passando antes pelos ductos. Assim, a gordura do leite se solta e, à medida que os alvéolos se distendem, os glóbulos vão se soltando e se movimentam com mais facilidade. Isso explica por que há mais gordura no final das mamadas.
Mais dúvidas sobre os tipos de leite materno
Outra questão que pode gerar dúvida no conceito de tipos de leite materno é ainda o primeiro leite produzido pela mãe, o colostro. Ele é rico em água e em anticorpos, por isso é responsável pelo fortalecimento do sistema imunológico da criança e atua, também, no amadurecimento do trato intestinal.
O colostro é oferecido pela mãe durante os primeiros quinze dias de vida do bebê, depois disso, chega o “leite maduro”.
Depois de entender essa mudança na composição do leite materno, é também essencial saber que não existe leite fraco. Muitas mães deixam de alimentar seus filhos com seu leite por acreditarem que ele vai “enfraquecendo” e assim, não saciam os pequenos.
Isso gera atitudes equivocadas, como a busca por complementar a amamentação por conta própria, o que só deve ser feito mediante orientação médica.
Toda vez que o bebê for mamar, escolha um local tranquilo e uma posição confortável. Procure oferecer sempre as duas mamas, pois se oferecer somente uma, há risco de diminuição na produção de leite. Lembre-se sempre de que o estímulo é o que leva o peito a produzir mais e mais leite.
Gostou do artigo? Qual é a sua opinião sobre ele? Venha compartilhar suas experiências e tirar suas dúvidas no Fórum de Discussão Doutíssima! Clique aqui para se cadastrar!
É fã do Doutíssima? Acompanhe o nosso conteúdo pelo Instagram!