Esperar que os outros pensem e ajam como nós é algo inerente ao ser humano. Por isso, pode ser tão difícil tolerar a diversidade, em qualquer grau ou situação. Mas não se trata de algo impossível. É preciso ter respeito e desenvolver a empatia pelo que não é igual, pelo diferente. E ter empatia não significa concordar, mas respeitar e entender.
Quando comemoramos o Dia Internacional da Paz, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 21 de setembro de 1981, temos a oportunidade de refletir sobre como o respeito à diversidade pode ser um caminho importante para assegurar o que acreditamos ser “paz”.
Pelo Brasil, infelizmente é comum encontrarmos casos de intolerância devido à orientação sexual, à raça ou pela posição política.
Diversidade é parte do ser humano
A diferença, assim como os conflitos, é algo inerente à natureza humana. “Tais diferenças vão desde a cor da pele até a maneira de pensar e agir. Desta forma, estaremos constantemente em contato com pessoas que pensam, agem, julgam e sentem diferentemente de nós mesmos e, cabe a cada um ter um certo grau de empatia”, diz a psicóloga Gabriela Moraes.
Segundo ela, as pessoas podem ter dificuldade em aceitar e lidar com o “diferente” por desejar e esperar que o outro aja e pense da sua maneira. Assim, essa dificuldade faz com que a pessoa não aceite o outro como tal e esse é justamente um dilema que a sociedade atual está vivenciando, aceitar o “novo” e o que está “fora dos padrões” já existentes.
“Afinal, pensar e aceitar que existem opiniões diferentes, ideologias divergentes, orientação sexual que não a sua, entre outras coisas, faz com que a pessoa entre em contato com seus próprios medos e conflitos internos”, completa a psicóloga.
É preciso, assim, levar as discussões às bases da sociedade, ou seja, família e escola, pois é incontestável a afirmação de que o Brasil é um país heterogêneo, de diferentes culturas, multirracial e pluriétnico, sendo a diversidade de culturas uma marca característica do país.
“É importante que se busque trabalhar e refletir a respeito das diferenças existentes para que, assim, se reflita diretamente em suas relações exteriores”, conclui Gabriela.
Espaços para discutir a diversidade
Gabriela acredita que, assim como as escolas, as empresas deveriam investir em programas como gestão da diversidade cultural, visto que nas organizações, assim como nas instituições de ensino, encontram-se pessoas com diferentes culturas, histórias, escolhas e vivências.
Com a presença cada vez mais contínua de pessoas conectadas em redes sociais, esse se tornou um ambiente em que os conflitos se estabelecem com frequência. “ Assim, quanto maior for sua interação nas redes sociais, mais exposto você estará a julgamentos, podendo, inclusive, passar uma ideia daquilo que você não é”, avalia Gabriela.
Por isso, a orientação da psicóloga é de que se deve ter noção que aquilo que está sendo postado irá atingir diferentes pessoas. “Com isso, estará sujeito a julgamentos dos mais variados tipos e, inclusive, poderá se deparar com alguém que está disposto a ofendê-lo, pois existe uma linha muito tênue em discordar e ofender”, salienta Gabriela.
E ela finaliza: fazer com que a outra pessoa mude seu modo de pensar não é sinônimo de defender o seu ponto de vista. Mais do que isso, o respeito ao outro não deve ser esquecido também no mundo virtual.
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