Métodos Contraceptivos

Anticoncepcional natural: veja as vantagens e desvantagens

Por Redação Doutíssima 13/11/2015

Adotar um anticoncepcional natural pode ser a solução para muitas mulheres que querem evitar uma gravidez não planejada com segurança, embora uma das formas mais populares de controle de natalidade é a contracepção oral. Isso porque vidências mostram que a pílula possui efeitos colaterais perigosos em razão de hormônios sintéticos, principalmente o estrogênio. 

 

Anticoncepcional natural utiliza método antigo

Um movimento crescente de mulheres está dizendo não ao controle de natalidade hormonal e sim a uma forma que à primeira vista parece um retrocesso real – embora com um toque extra de alta tecnologia. Elas estão utilizando o planejamento familiar natural, também conhecido como “Métodos de Percepção da Fertilidade”.

Anticoncepcional natural istock getty images doutíssima

Anticoncepcional natural é opção para mulheres que não querem o controle hormonal. Foto: iStock, Getty Images

 

Muitos especialistas advertem que essa é uma das formas menos bem-sucedidos porque pode ser complicado fazê-la corretamente. Ocorre que com os avanços tecnológicos cada vez mais as mulheres têm recorrido a ela para evitar a gravidez.

 

Um recente levantamento da Universidade de Iowa entrevistou uma série de mulheres e descobriu que aproximadamente 20% delas considera o anticoncepcional natural como uma opção para o controle de fertilidade. A partir disso, diversos aplicativos de rastreamento de fertilidade têm sido produzidos para smartphone para facilitar essa tarefa.

 

O NaturalCycles é um desses aplicativos, criado por dois físicos suecos. Ele é descrito como capaz de identificar os dias férteis e não-férteis de uma mulher, prometendo 99% de segurança para que elas tenham relações sexuais desprotegidas sem conceber.

 

Segundo o site da empresa, o programa utiliza “estatísticas e análises em vez de produtos químicos ou procedimentos cirúrgicos, a fim de evitar a gravidez”. Para chegar lá, a primeira coisa que a mulher deve fazer pela manhã é medir a temperatura corporal e colocar os dados no smartphone.

 

A lógica é que a temperatura corporal geralmente sobe quando elas ovulam e o aplicativo usa essa informação para informar à usuária quando ela está ovulando, tem ovulado e provavelmente ovulará. Ele indica ainda quais são os dias seguros para o sexo.

 

Anticoncepcionais hormonais: riscos à saúde

Os contraceptivos hormonais são feitos de substâncias semelhantes a hormônios artificiais que tentam imitar os efeitos que ocorrem naturalmente no corpo. Eles atuam suprimindo a liberação dos hormônios que desencadeiam a ovulação e estimulam a produção de muco cervical espesso – que impede a sobrevivência do esperma caso a ovulação ocorra.

 

Além disso, eles conseguem interromper a capacidade de mobilidade de um óvulo fertilizado para o útero e previne a acumulação do revestimento desse último órgão – ou seja, inibe a implantação caso ele chegue ao útero. Acontece que muitos estudos mostram efeitos colaterais perigosos nesse método.

 

Uma pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde constatou que mulheres que carregam o vírus do papiloma humano (HPV) e tomam pílula de cinco a nove anos são quase três vezes mais propensas a desenvolver câncer cervical se comparadas às não-usuárias.

 

De acordo com um levantamento publicado no British Journal of Cancer, a cada 100 mil mulheres que usam a pílula por 10 anos ou mais, existem 50 casos adicionais de câncer de mama. Esse risco é reduzido apenas depois de 10 anos de interrupção.

Não bastasse isso, mulheres que têm enxaqueca e tomam contraceptivos orais têm duas a quatro vezes mais probabilidade de sofrer um acidente vascular cerebral do que as que têm enxaqueca e não tomam a pílula. Essa é a conclusão exposta em uma pesquisa publicada no Journal of Obstetrics & Gynaecology.

 

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