Aumentar o poder de concentração, memória e energia. Essas são algumas das causas que podem levar uma pessoa a tomar a chamada pílula da inteligência. Mas será que esse remédio dito mágico é realmente seguro e capaz de melhorar o seu desemprenho na realização de atividades?
O que nem todo mundo sabe é que pílulas como essa não foram criadas para turbinar o cérebro. Elas foram elaboradas para servir como medicamento convencional para tratar problemas como a narcolepsia, por exemplo. No entanto, elas têm sido cada vez mais consumidas por pessoas saudáveis que querem melhor seus desempenhos.
Efeitos da pílula da inteligência
O Stavigile — um medicamento feito de uma substância chamada modafinil- foi chamado de primeira pílula da inteligência segura do mundo. Pesquisas realizadas por cientistas das universidades de Harvard e Oxford sugeriram que os efeitos são de baixo risco quando o medicamento é consumido por um curto período de tempo.
Entre os principais efeitos colaterais apontados pelos pesquisadores estão a sonolência, leve tremedeira e dores de estômago. No entanto, alguns usuários já relataram sentir insônia, dores de cabeça e erupções cutâneas potencialmente perigosas.
Por isso, diversos médicos e especialistas alertam que os medicamentos devem ser prescritos exclusivamente para quem realmente precisa deles e os pacientes devem receber o devido acompanhamento. Isso porque o uso contínuo dessas substâncias pode comprometer a saúde do usuário.
Pílula da inteligência tem sua venda restringida
No entanto, muitos jovens e adultos — que não sofrem necessariamente de distúrbios de sono – estão tomando esses remédios para melhorar seu desempenho cognitivo e ignoram os riscos que o consumo indiscriminado pode oferecer.
Para diminuir esse uso desenfreado, a Europa restringiu a venda do medicamento a pacientes em tratamento da narcolepsia, portando receita médica. Em complemento, a Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde, órgão vinculado à Organização Mundial da Saúde (OMS), recomendou alguns cuidados aos profissionais de saúde:
- O modafinil não deve ser usado por pessoas com hipertensão ou arritmias cardíacas não controladas, antes do 18 anos de idade e por gestantes ou lactantes
- O medicamento deve ser descontinuado e não reiniciado em casos de reações graves dermatológicas ou de hipersensibilidade, transtornos psiquiátricos, como desejo suicida
- Um eletrocardiograma de linha de base deve ser feito antes do início do tratamento. Os pacientes com quadro clínico incomum devem ser mais avaliados por especialistas antes que o tratamento possa ser iniciado
- A função cardiovascular, principalmente a pressão sanguínea e a frequência cardíaca, deve ser monitorada regularmente. Além disso, a pílula da inteligência deve ser descontinuada em pacientes que desenvolverem arritmia ou hipertensão moderada a grave
- O remédio deve ser usado com cautela em pacientes com histórico de psicose, depressão, mania, abuso de álcool, drogas ou substâncias ilícitas. Nesses casos, deve-se monitorar cuidadosamente e qualquer alteração comportamental deve ser notificada.
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