Ter que adiar uma gestação por condições de saúde pode ser muito frustrante para as mulheres. Mas é algo que irá ocorrer com 50% das que têm entre 30 e 50 anos, que serão diagnosticados com distintos tipos de mioma uterino. Eles nada mais são do que tumores benignos, mas possuem ligação com a infertilidade e redução nos índices de gravidez.
Os miomas têm origem nas células musculares do útero, por causas genéticas e hormonais. De acordo com a sua localização, eles podem ser classificados em diferentes tipos. Mas todos estão associados a uma redução de 15% nos índices de gravidez e a um aumento de 67% nas taxas de aborto. A boa notícia é que, uma vez detectado, o problema tem tratamento.
Principais tipos de mioma uterino
São três os principais tipos de mioma uterino: o subseroso, o intramural e o submucoso. Entenda quais são as diferenças entre eles.
- Mioma subseroso
Este tipo de mioma se localiza na parte mais externa da parede uterina, chamada de serosa – daí o nome. Ele não apresenta sintomas, exceto em alguns casos em que atinge um volume grande e comprime órgãos adjacentes, causando desconfortos.
- Mioma intramural
Ao nascer e permanecer na parede uterina, o mioma intramural pode causar alguns problemas. Os principais sintomas geralmente aparecem quando ele está com tamanho aumentado e atinge a cavidade uterina, causando compressão dos órgãos adjacentes (bexiga e intestino) e ocasionando sangramentos.
Quando cresce demais, ele pode atingir tanto a cavidade uterina quanto a parte mais externa do útero, causando distorções que podem estar relacionadas à infertilidade. Neste caso, ele pode ser chamado de mioma transmural.
- Mioma submucoso
Tumor ginecológico mais frequente nas mulheres, o mioma submucoso está localizado próximo da cavidade uterina, com toda ou parte da lesão dentro dela. Entre os sintomas mais comuns estão dor pélvica e sangramento uterino anormal. Infertilidade e abortamento de repetição podem ter esse tipo de tumor como causa.
Miomas: infertilidade e tratamento
Embora tenha relação com a infertilidade, apenas em cerca de 1% a 3% dos casos o mioma é o único responsável pela impossibilidade de engravidar. Geralmente, as causas têm outras variáveis, como a endometriose. Assim, não basta detectar o tumor, é importante rastrear também os outros fatores possivelmente associados ao problema.
O tipo de mioma também influi na forma de tratamento. Nem sempre a miomectomia – remoção cirúrgica – é necessária. Geralmente, ela é indicada apenas para pacientes com miomas submucosos ou intramucosos maiores que sete centímetros de diâmetro. Mas o procedimento deve ser feito, preferencialmente, cerca de um ano antes da concepção.
Já nos demais casos, quando os miomas são pequenos ou subserosos, o ideal é discutir todas as possibilidades e seus desdobramentos com um médico de confiança antes de eleger uma opção de tratamento. É válido ressaltar ainda que a gravidez após a retirada do mioma exige um pré-natal rigoroso.
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