Qualidade de vida

Síndrome do pensamento acelerado é o novo mal do século. Entenda

Por Redação Doutíssima 27/07/2014

A síndrome do pensamento acelerado é descrita por Augusto Cury em seu livro “Pais Brilhantes, Professores Fascinantes”. Nesta obra, ele define que a condição consiste em um aumento da velocidade dos pensamentos.

Ansiedade na síndrome do pensamento acelerado

Pode parecer bacana, mas não é, já que, como contrapartida, essa aceleração causa uma diminuição da capacidade de concentração e um aumento da ansiedade. Em 2013, ela foi considerada como o novo mal do século.

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Síndrome do pensamento acelerado afeta a memória e capacidade de concentração. Foto: Shutterstock

Impacto da televisão nas crianças

A televisão é capaz de mostrar mais de 60 personagens por hora, cada um deles com as mais diversas características de personalidade. Conseguimos ver médicos irreverentes, crianças destemidas, pessoas divertidas.

Todas essas imagens ficam registradas na memória das crianças, acelerando o pensamento e competindo com as imagens que elas têm dos pais e dos professores. É o início da síndrome do pensamento acelerado.

Os resultados são seríssimos: os professores perdem a capacidade de influenciar o mundo psíquico dos jovens, já que os seus gestos acabam não tendo o impacto emocional necessário. Na verdade, são mitigados pelos gestos dos personagens vistos na televisão.

O efeito disso tudo? As lições dos professores – e até mesmo dos pais – não são registradas como deveriam ser, e a criança acaba não desenvolvendo todo o seu potencial de inteligência.

Velocidade do pensamento pode ser problema

A velocidade do pensamento, estimulada pelo que é apresentado às crianças, deve ser moderada. Quando ela é acelerada, estamos diante da síndrome do pensamento acelerado, que tem como suas principais consequências a diminuição da concentração da criança e o aumento de sua ansiedade.

A ansiedade gerada pela síndrome provoca uma compulsão por novos estímulos, como uma forma de aliviá-la – para você entender a gravidade do problema, é interessante saber que esse processo desencadeado pela síndrome do pensamento acelerado é similar ao processo que ocorre quando alguém fica viciado em drogas.

Realmente, quem sofre desta nova e preocupante síndrome fica viciado em novos estímulos. Com isso, também ficam inquietos, tem conversas paralelas, não conseguem se concentrar e, para piorar, acabam distraindo seus colegas nas aulas. A síndrome, como é fácil perceber, tem reflexos direto na educação das crianças – e também dos colegas dessas crianças.

Síndrome do pensamento acelerado desperdiça energia

As pessoas que pensam muito, vítimas da síndrome do pensamento acelerado, acabam desperdiçando energia cerebral e sentem uma fadiga excessiva, mesmo que não tenham feito exercício físico.

Fique atento, pois esse é um dos sintomas da condição  que também se manifesta através de dificuldades de sono, irritabilidade, sofrimento antecipado, esquecimentos, dificuldade de concentração, aversão à rotina e, às vezes, dores em diversas partes do corpo.

A perda de memória é realmente curiosa. Nos casos de síndrome do pensamento acelerado, ela acontece justamente porque o cérebro é mais “esperto”, sabe que estamos pensando muito, e acaba bloqueando algumas coisas justamente para nos forçar a pensar menos e gastar menos energia.

Segundo especialistas, a síndrome do pensamento acelerado é uma das responsáveis pela crise educacional. Ela afeta diretamente a qualidade de educação, porque faz com que teorias educacionais e psicológicas não funcionem, já que, enquanto os professores falam e ensinam, os alunos estão agitados, inquietos e perdidos nos seus próprios pensamentos.

Portanto, fique bem atento se seu filho não está sofrendo desta condição. Caso detecte os sintomas, busque auxílio profissional para tratá-la. No futuro, ele irá lhe agradecer.

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