Paralisar os efeitos do envelhecimento sobre a pele é desejo de muitos. E essa é justamente a promessa da toxina botulínica, popularmente conhecida como botox. O mecanismo de funcionamento das injeções é simples: aplicado diretamente no músculo, ele impede o movimento – e a possibilidade de enrugar.
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O resultado é uma pele mais uniforme, com aparência mais jovem. O botox é aplicado em regiões específicas do rosto, com o uso de injeções, e os resultados são logo percebidos. Talvez sejam estas características que o tem tornado cada vez mais difundido no Brasil e no mundo, especialmente entre as mulheres.
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Cuidados no uso do botox são essenciais
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Apesar das vantagens, o risco de que o botox traga efeitos indesejaveis à pele não pode ser descartado. É que, mal aplicada, a toxina pode comprometer a harmonia da face.
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O seu uso requer conhecimento profundo da anatomia do rosto. A droga só deve ser injetada na testa, glabela (entre as sobrancelhas) e ao redor dos olhos, para remover as expressões do rosto, conhecidas popularmente como pés de galinha. Em alguns casos, pode ser inserida nos lábios, mas isso depende de avaliação do médico que irá realizar o procedimento.
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Se for inserido em um músculo errado, pode modificar as linhas faciais. A elevação exagerada do supercílio é uma consequência frequente do botox mal feito. A pálpebra caída é igualmente uma sequela do uso incorreto.
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O desenvolvimento de nódulos também pode ocorrer, assim como o deslocamento do líquido para outras regiões. O efeito “máscara”, quando o rosto ganha contornos artificiais, é mais um dos problemas da injeção mal realizada de botox.
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Nos olhos, o produto pode dificultar o fechamento e, como resultado, desencadear o distúrbio do olho seco, dificuldade que causa ardência, produção de muco, coceira, vermelhidão e sensação de corpo estranho na vista. Cerca de 30% dos pacientes costumam apresentar esse problema.
Correção de problemas do botox é possível com o tempo
Alguns resultados indesejados podem ser corrigidos, como o excesso de levantamento do supercílio, enquanto outros só são atenuados após o cessamento do efeito do botox, que varia de seis a oito meses.
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Em casos mais graves, o antirrugas colocado de maneira imprópria na pele pode acarretar em botulismo, enfermidade que paralisa os músculos, prejudicando movimentos essenciais como piscar, mastigar, deglutir e até respirar.
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Ainda que adotada somente no rosto, a toxina é contraindicada a gestantes, mulheres em período de amamentação, pacientes com doenças autoimunes, patologias neurológicas e que comprometam os músculos, e pessoas alérgicas à proteína do ovo ou que estejam em tratamento com remédios com aminoglicosídeo.
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Pesquisa liderada pelo Departamento de Cosmiatria da Sociedade Brasileira de Dermatologia, apontou que a toxina botulínica responde por 43% dos procedimentos estéticos feitos para amenizar as rugas no país, enquanto os 57% restantes se distribuem entre outros métodos com o mesmo objetivo, ou seja, técnicas de estimulação de colágeno, renovação celular e peelings hi-tech, etc.
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Uma sessão de injeção de botox custa a partir de R$ 1.500. A toxina botulínica é amplamente utilizada na área médica para tratamentos como o da sudorese excessiva, por exemplo, mas no mundo dos cosméticos só se disseminou após a aprovação da Administração Americana de Remédios e Alimentos (FDA), em abril de 2002.
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