Além de ajudar a emagrecer e melhorar o condicionamento cardiovascular, a caminhada é uma maneira de ajudar a manter saudáveis as articulações do corpo. Isto porque caminhar oferece menos lesões do que a corrida, uma vez que há menos impacto.
A teoria é reforçada por uma pesquisa realizada pela Universidade de Boston e de outras instituições americanas. Por meio dela, constatou-se que caminhar, em média, ao menos 6 mil passos diariamente beneficia as articulações.
Caminhada é uma das maneiras mais eficazes de cuidar destas regiões. Foto: iStock, Getty Images
Articulações saudáveis passo a passo
O estudo foi feito com 1.788 pessoas com osteoartrite nos joelhos, ou com alto risco de vir a desenvolvê-la. Durante dois anos, os pesquisadores fizeram um levantamento de quantos passos eles davam em uma semana.
Apesar deste estudo necessitar de outras pesquisas para se consolidar, ele trouxe um parâmetro a ser mirado por quem está com os joelhos um pouco fragilizados.
O ideal é buscar auxílio e orientação de um especialista, sendo que o indivíduo pode iniciar com 3 mil passos diários, por exemplo, e, aos poucos, ir aumentando este número até alcançar o objetivo proposto pelo estudo americano.
Caso o indivíduo atinja a meta estabelecida e se sinta seguro para ultrapassar este percentual, os benefícios para as articulações aumentam. Segundo os pesquisadores, a cada mil passos extras incluídos na rotina diária, o risco de o joelho ranger, atrapalhando as tarefas no cotidiano, diminui em 16%.
São muitos os motivos que fazem com que uma caminhada ajude a deixar as juntas e articulações do corpo mais resistentes. Um deles é o fato de que a atividade propicia que haja a regularização da produção do chamado líquido sinovial, sendo esta uma substância que abastece a cartilagem de nutrientes.
Desta forma, ela garante a integridade desta estrutura, que é responsável por impedir o doloroso atrito entre um osso e outro.
Articulações resistentes e músculos fortes
Outro benefício obtido por uma caminhada é o fortalecimento das pernas. Com uma musculatura forte, o impacto provocado pelas diferentes atividades do dia a dia sobre as articulações é mais amortecido pelo corpo.
Ou seja, a pressão transmitida aos membros inferiores quando subimos um lance de escada ou seguramos uma caixa pesada, por exemplo, não se torna tão nociva ao tecido cartilaginoso e à ossatura que compõem tornozelos, joelhos e quadris.
A principal manifestação clínica da osteoartrite é a dor articular. Por se tratar de uma doença crônica de evolução lenta, seus sintomas iniciais se desenvolvem de forma discreta, passando despercebidos na maioria dos casos.
No início, o desconforto pode se manifestar como uma dor articular de curta duração, ou com a sensação de juntas pesadas, ou ainda com a sensação de agulhada ou ferroada passageira, que melhora com o movimento, com tratamentos caseiros ou mesmo de forma espontânea, o que faz com que a grande maioria das pessoas não lhe dê a devida importância.
No entanto, à medida que o quadro evolui, os episódios dolorosos se repetem com maior intensidade e duração, tornando-se nitidamente relacionados com o início do movimento articular.
Para tratar a osteoartrite, tanto o repouso como a prática física são importantes, sendo que exercitar as articulações diariamente, por meio de uma caminhada, é um hábito recomendável para melhorar do grau de severidade do problema.
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