O tétano é uma doença considerada imunoprevenível, agressiva e que pode ser fatal ao paciente. Causada pela bactéria Clostridium tetani, ela atua no sistema nervoso, causando contrações musculares intensas e podendo ser letal se atingir os músculos do sistema respiratório.
O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece duas formas de vacina contra a doença, uma administrada nos primeiros meses de vida da criança e outra já na fase adulta. É preciso ficar claro que a única forma de prevenção da doença é por meio da vacina.
Sintomas e contaminação por tétano
A bactéria causadora da doença está presente no meio ambiente e pode ser encontrada no solo, na superfície de objetos, em esterco de animais etc. Em contato com ferimentos abertos e mal cuidados de pessoas que não estão imunizadas, em 72 horas a pessoa já começa a sentir os primeiros sintomas.
A dificuldade de abrir a boca, chamado de trismo, e de engolir são as primeiras manifestações da doença, que, se não tratada imediatamente, evolui para contraturas musculares generalizadas, capazes de atingir a musculatura dos pulmões e levar o paciente a óbito.
Como é a vacina contra o tétano
A vacina contra a doença é produzida a partir da toxina tetânica inativada. Quando em contato com a corrente sanguínea, age como antígeno e estimula a produção de anticorpos. A vacina também contém doses de timerosal e hidróxido de alumínio.
Por isso, quando a pessoa imunizada entra em contato com a bactéria do tétano, ela não desenvolve a doença.
Alguns efeitos colaterais são observados logo após a imunização, como vermelhidão, dor e induração. Isso acontece porque a vacina é intramuscular e dura, no máximo, 72 horas. Em raros casos, acontece de a pessoa desenvolver reações alérgicas graves. Pacientes com imunodeficiência primária não devem fazer a vacina.
Algumas pessoas acreditam que a vacina contra o tétano causam alergia, mas o causador das supostas alergias é o soro antitetânico (produzido a partir de proteína de cavalos), administrado apenas em casos de pessoas não imunizadas.
As gestantes que nunca foram vacinadas devem receber a imunização para evitar a doença neonatal logo após o nascimento da criança. A vacina é feita em três doses e pode ser feita com segurança durante a gravidez.
Vacina também deve ser feita na vida adulta
Por ser uma vacina que é feita nos primeiros meses após o nascimento da criança e com outras duas doses ao longo da infância, ainda existe no Brasil o mito de que todos estão protegidos da doença e não precisam reforçar a imunização.
Mesmo que a vacina tríplice, que protege contra o tétano, difteria e coqueluche, tenha sido feita na infância, adultos devem fazer o reforço a cada dez anos com forma especial chamada Dupla Tipo Adulto, que protege contra difteria e tétano.
A vacina, sozinha, não consegue eliminar a doença. Mesmo com todas as doses em dia, alguns pacientes precisam receber uma imunização passiva quando entram em contato com a bactéria. Lavar o ferimento com água e sabão e não permitir contato com poeira e outros agentes estranhos também ajudam na prevenção.
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