Amor e Sexo

Descubra o número de bactérias que são trocadas em um beijo

Por Redação Doutíssima 01/01/2015

Nosso corpo é habitado por cerca de 100 trilhões de bactérias, o triplo do número de células que o compõem. Essa composição chama-se microbioma, e é concentrada especialmente no sistema digestivo. Indo um pouquinho mais longe poderemos constatar que uma boa parte – cerca de 700 espécies – desses micro-organismos está concentrada na boca – em média 1 bilhão delas. Você consegue imaginar, então, a festa que acontece na boca em um beijo íntimo?

 

Troca de bactérias no beijo

 

Você provavelmente não consegue imaginar, e para facilitar o entendimento, cientistas da Organização Holandesa para Pesquisa Científica Aplicada partiram para as pesquisas. Motivados por essa curiosidade, realizaram um estudo com 21 casais voluntários e chegaram à conclusão que, durante nove beijos de 10 segundos, em média, podemos “trocar” até 80 milhões de bactérias por meio da saliva, de uma boca para outra.

 

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Milhões de bactérias são trocadas durante um beijo na boca. Foto: iStock, Getty Images

 

Embora o estudo para levantar este dado já tenha sido realizado, por outro lado, a pesquisa sobre os possíveis efeitos desta troca ainda não tiveram os estudos iniciados. Neste quesito, portanto, vamos ficar só na imaginação, por mais um tempo. O que se sabe ao certo é que a língua é um dos melhores lugares para a acomodação e reprodução de bactérias.

Para realizar a pesquisa, primeiro foi identificada a flora bacteriana na saliva de cada casal. Foi feita limpeza e exames nas bocas de cada integrante voluntário para o estudo. Depois disso, a um membro de cada casal foi dada uma bebida contendo uma variedade de bactérias.

A análise após o beijo foi decisiva para a conclusão dos especialistas. O que eles perceberam foi um aumento no número total dos micro-organismos e, a partir deste cálculo, foi chegado ao montante de 80 milhões na estimativa de troca na flora de cada um.

 

Bactérias trocadas em outras situações

 

Outra conclusão do estudo é de que a troca de bactérias acontece com pessoas de relações íntimas em geral, em família, convivência de amigos e até no trabalho, e não necessariamente apenas por meio de um beijo. A simples proximidade entre pessoas que convivem em um mesmo ambiente também pode intermediar essa troca.

Outro dado interessante é que, mesmo no primeiro exame feito com os casais voluntários, as floras bacterianas já tinham uma grande semelhança entre si. Este fator pode estar relacionado ao fato de os dois já terem se beijado muito antes de participar da pesquisa – afinal eram casais de relacionamento estável -, ou, ainda, pelo fato de terem um estilo de vida único, com alimentação e dietas iguais, proporcionando às suas bactérias em particular ecossistemas semelhantes.

Mas acalme-se, este artigo não foi escrito para fazer com que você desista de beijo na boca. Não vamos negar, eles são muito bons. O objetivo é destacar a importância dos cuidados que se deve ter com a higiene bucal, com ou sem beijo.

Uma boa higienização da boca e uma boa alimentação, balanceada e contendo tudo que se precisa, são o melhor remédio contra qualquer micro-organismo do mal que possa invadir a sua boca. E isso vale também se você tomar os cuidados necessários para manter alta sua imunidade. Alimente direito seus soldadinhos e limpe bem o seu terreno. Depois disso, pode beijar a vontade.