O modo de vida contemporâneo tem aberto portas para doenças como a depressão nervosa, como popularmente pode ser chamada a depressão. Mas felizmente, também surgem alternativas para combater esse mal. A meditação é uma dessas ferramentas. Estudos apontam que mais do que relaxar, ela vem sendo usada em tratamentos de saúde.
A depressão nervosa atinge 16% da população mundial pelo menos uma vez na vida. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) dão conta de que até 2020, essa doença passará a ser a segunda causa de mortes, antecedida apenas pelas doenças coronárias.
Definição da depressão nervosa
Irritabilidade, angústia, desânimo, ansiedade, falta de motivação e insegurança são alguns dos sinais de depressão. O que mais se indica é a busca por ajuda psiquiátrica ou até mesmo por alguma técnica de terapia, que ajuda na reestruturação psicológica do indivíduo.
De acordo com o psiquiatra Fernando Schneider, a expressão também pode se referir a um estado mais leve, mas não menos importante, de ansiedade. “Algumas pessoas usam ‘depressão nervosa’ para quadros de ansiedade generalizada, por exemplo”, diz o médico.
Nesses casos, em maior ou menor grau, a meditação é uma grande aliada. As pesquisas sobre a relação da meditação com a saúde ainda podem ser consideradas recentes, mas já se descobriu que meditar, de fato, interfere positivamente nas ondas cerebrais.
Além disso, tem efeito sobre o sistema imunológico, reduz a tensão e alivia a dor. E todos esses sintomas, em alguns casos, podem estar relacionados a quadros de depressão nervosa.
Segundo o psicólogo e jornalista americano Daniel Goleman, autor dos livros Inteligência Emocional e Como Lidar Com Emoções Destrutivas, trinta anos de pesquisas já demonstraram que meditar é excelente remédio contra estresse – um dos fatores que mais geram depressão e ansiedade.
Um estudo realizado com estudantes da Universidade de Oregon, nos Estados Unidos, e da Universidade de Tecnologia de Dalian, na China, confirmou que a meditação, praticada por quatro semanas, causou alterações no cérebro e promoveu mudanças físicas.
Foram observadas reações positivas no córtex cerebral, região associada a ocorrência de doenças mentais como déficit de atenção, demência, depressão e esquizofrenia.
Assim, os participantes tiveram melhora no humor, redução nos níveis de raiva, ansiedade, depressão nervosa e cansaço. Foi comprovada a diminuição das taxas de cortisol, o hormônio do estresse.
Dicas para meditar e afastar a depressão nervosa
Escolha um lugar calmo onde você possa estar confortável para meditar por pelo menos cinco minutos diários. Para alguma pessoas, esse período varia de 30 minutos a uma hora. Sente-se no chão, ou em um almofada, para manter a coluna ereta, com os joelhos quase encostando no chão.
A coluna ereta possibilita a passagem e o fluxo da energia estagnada em todo o corpo. As pernas devem estar cruzadas, a esquerda sobre a direita, e você deve manter os ombros alinhados e o queixo um pouco para dentro.
Não permita que o sono perturbe seu momento de meditar, assim, mantenha os olhos um pouco abertos. Tenha muita atenção com a respiração, é importante poder senti-la, mas não significa que tenha de impor um ritmo diferente. Encha a barriga de ar quando inspirar e solte todo o ar ao expirar, mantenha a mão direita abaixo do seu umbigo.
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