A prática ganhou fama depois que Gisele Bündchen e Bárbara Borges mostraram fotos de seus filhos com o colar de âmbar. O acessório faz parte de uma antiga tradição europeia e teria o poder de reduzir as dores e o desconforto da dentição.
Colar de âmbar e os efeitos medicinais
Âmbar é a seiva fossilizada de árvores. A mais procurada para o colar feito com essa resina é de origem do Mar Báltico e países escandinavos.
A tradição europeia diz que o âmbar, principalmente o de origem báltica, tem propriedades medicinais. Há seculos essa resina petrificada é utilizada como remédio natural para dor, para contribuir com o processo de cicatrização e para fortalecer o sistema imunológico.
O efeito calmante e atenuante da dor é atribuído ao ácido succínico, substância que supostamente é liberada pelo colar de âmbar quando em contato com o calor da pele. Ele também está contido, em quantidades mínimas, em alimentos de origem vegetal e animal.
O FDA, Food and Drug Administration, órgão americano que regula substâncias para o consumo e para uso medicinal, informa que nas doses ínfimas que podem ser ingeridas através da alimentação, o ácido succínico não representa risco tóxico para a saúde.
Apesar disso, não há nenhum estudo ou comprovação científica de que o acessório seja terapêutico e ofereça alívio para o bebê que está na fase de crescimento dos dentes.
Colar de âmbar verdadeiro
Na Europa, onde a tradição é mais forte, o colar de âmbar é vendido em farmácias e diversas lojas. Mas nem sempre a oferta é verdadeira: existem muitas imitações feitas com resinas plásticas e de vidro.
O âmbar verdadeiro tem uma sensação quente, enquanto o vidro é percebido como frio quando em contato com a pele. Acetona ou álcool podem ser usados para testar se o produto é original mesmo. Uma gota em uma das contas basta: o verdadeiro não perde sua cor nem fica pegajoso.
Outro teste possível é misturar meia xícara de sal com uma xícara de água em uma vasilha. O âmbar verdadeiro irá boiar nessa proporção de um para dois.
O acessório é seguro?
Mesmo sem comprovação da eficácia, algumas mães tendem a procurar o colar de âmbar por precaução. Mas é preciso tomar cuidado com o uso do acessório em crianças pequenas.
Os riscos são de asfixia, de intoxicação caso o bebê resolva colocar as pedras na boca e, caso o colar arrebente, há chances de que a criança engula alguma das peças.
Ao optar por colocar um colar de âmbar em crianças pequenas, é preciso garantir que o pequeno estará sempre sob a supervisão de um adulto enquanto estiver com a peça.
As crianças jamais devem usar qualquer tipo de acessório ao redor do pescoço enquanto dormem, mesmo se for uma soneca rápida. Essas atitudes ajudam a evitar acidentes que podem comprometer a vida do bebê.
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