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Pais devem conversar com filhos sobre a descoberta da sexualidade

Por Redação Doutíssima 14/04/2013

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Muitos pais não sabem como reagir quando a criança faz alguma pergunta relacionada a sexo. A descoberta da sexualidade não tem hora para acontecer e os psicólogos afirmam que as respostas devem ser verdadeiras e sinceras.

Tradicionalismo

A explicação para tanta dificuldade em conversar sobre sexo com os filhos pode estar no passado. Este assunto foi tabu na infância da maioria dos pais.

A psicóloga Denise Duque diz que não há problema algum em pedir ajuda. “Se a gente desconversa é pior diga pra criança. Diz ‘me pegou de surpresa, eu vou pensar no melhor jeito que eu tenho para te responder sobre isso’ e pensar quem é que pode ajudá-lo a responder essas perguntas. Às vezes uma tia, às vezes uma irmã mais velha, um irmão mais velho da própria criança”.

Seja direto e breve

Outra dica é responder apenas o que foi perguntado, para não criar outras dúvidas na cabeça da criança.

Já com os adolescentes de 11, 12, 13 anos, as conversas já podem e devem ir mais longe porque as coisas podem estar indo também.

O hebiatra Maurício Souza Lima, que é especialista em adolescência, lembra que os pais devem deixar claro para os filhos quais são suas preocupações e expectativas, perguntar e deixar que os filhos também falem com liberdade. “Conhecer o seu filho e perguntar a respeito do que você pensa, acaba sendo, na verdade, uma rede de proteção, uma rede de segurança. Para seu filho saber como você pensa sobre determinado assunto”.

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Susete aproveita as histórias que os filhos contam. Há poucos dias eles viram uma festa no prédio. “A gente tava ali na quadra a gente viu um monte de gente se beijando”, diz Shadya, de 8 anos.

“Você pode introduzir alguns assuntos aproveitando ocasiões. Às vezes em uma conversa de família, ou em uma situação de programa de televisão, ou uma situação em que você entenda que é importante você informar os filhos”, diz Emílio Brkanitch, psicólogo.

A conversa muda quando a relação é da criança com o seu próprio corpo. A descoberta da sexualidade, do prazer na masturbação é natural e faz parte do desenvolvimento. Quando a criança é reprimida ou sofre castigo, ela pode ficar confusa. “Aí começa a mostrar que sexo é uma coisa suja, proibida, não desejada e isso não é verdade. Sexo é uma coisa boa”, afirma o psicólogo.

Pais, fiquem atentos!