Você conhece o método peixe-pedicure? Ele ainda não é muito conhecido no Brasil, mas aluns salões de beleza estão começando a investir mais na técnica, para proporcionar um novo tipo de tratamento para os pés das clientes.
O procedimento usa peixes, da espécie Garra Rufa, para remover a cutícula da unha dos pés. Ele ainda proporciona relaxamento e deixa a pele dos pés mais macia. Será que os tradicionais alicates e lixas estão saindo de moda?
Como é realizado o tratamento da pedicure
Os peixes-pedicure são de origem asiática, mas esse tratamento estético é importado da Turquia. Nesse país, a exploração comercial do animal é protegida por lei. Aqui no Brasil, Porto Alegre foi uma das primeiras cidades que investiram e disponibilizaram essa técnica, em salões de beleza e spa, para seus clientes.
Os animais são colocados em aquários especiais que contam com um filtro de água – que fica ligado 24 horas por dia – e luz ultravioleta – que é capaz de eliminar as bactérias e os ovos dos peixes. Antes da cliente iniciar o processo com os peixes, seus pés são higienizados com água e álcool.
Após o procedimento de higienização, a cliente mergulha seus pés em um aquário de 160 litros de água, onde são colocados até 120 peixes-pedicure. Além do filtro e a luz ultravioleta, todos os dias são trocados em média 10 litros de água dos aquários para manter o líquido livre de impurezas. A temperatura do ambiente é mantida entre 28 e 29 graus.
Os peixes vivem até seis anos, chegam a medir 10 cm de comprimento e o processo de limpeza nos pés é feito através de uma leve sucção, indolor, na pele, retirando as células mortas da região. Dessa maneira, a pele se revigora e fica mais suave também. O aspecto macio adquirido também se deve a saliva dos peixes.
As sessões com os peixes-pedicure podem durar de 15 a 30 minutos. O preço mínimo de cada sessão é de R$ 25, chegando a custar R$ 45. No exterior, esses animais são usados em tratamentos para psoríase, uma doença inflamatória da pele.
Rscos da utilização dos peixes-pedicure
Tradicionalmente, os salões de beleza ou spa utilizam utensílios descartáveis para a higienização das unhas. Por isso, foram iniciados alguns estudos promovidos pelas autoridades norte-americanas e britânicas para investigar se os peixes transmitiam algum tipo de doença infecciosa.
Toda essa questão de transmissão de doenças foi levantada pelo fato de os peixes serem utilizados varias vezes e em muitas sessões de pedicure. Com isso, podem adquirir doenças e transmiti-las se os clientes estiverem com lesões, como feridas abertas nos pés.
Segundo a Agência Nacional de Segurança Sanitária da França (ANSES), para pele saudável, esse método não apresenta riscos. Entretanto, pessoas com diabetes e sistema imunológico fragilizado não devem utilizar esse procedimento para higienização da pele e unhas. Essas pessoas são vulneráveis e podem contrair doenças infecciosas.
Também é importante ficar atento à espécie de peixe utilizada, alguns institutos de beleza estão usando outras espécies impróprias para esse tipo de tratamento estético.
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