A parapsicóloga norte-americana Nancy Ann Tappe produziu em 1982 uma obra na qual classificou os seres humanos conforme a cor da sua aura espiritual. Foi ela que pela primeira vez indicou a existência de crianças índigo, que representam uma espécie humana, com nova consciência e características especiais.
Para aqueles que não sabem, índigo é uma cor designada pelo cientista Isaac Newton – algo entre azul e violeta. Em razão de sua frequência, nem todas as pessoas conseguem visualizá-la – até mesmo aquelas que tenham muito boa visão –, tornando-a uma “cor especial”.
Quais as características das crianças índigo?
Para aqueles que acreditam na existência dessas crianças, elas possuem características bastante especiais que as distinguiriam das demais. Por exemplo, elas seriam seres guerreiros da paz e facilmente irritáveis, mas não apenas isso.
Quem descreve e visualiza a existência de crianças índigo também indica que elas são extremamente sensíveis e intuitivas. Elas nascem com um propósito bastante específico, que seria servir à humanidade e não por outra razão se sentem superioras aos demais – demonstrando isso em atitudes. Aliás, ficam surpresas quando os outros não as enxergam dessa forma.
Alguns problemas também costumam se revelar. Essas crianças não gostam de ser submetidas a “autoridades tiranas”. Difícil compreender? Isso significa que não gostam que as coisas sejam impostas, preferindo uma explicação razoável ou então que sejam dadas algumas opções a elas.
Muitas vezes, elas parecem antissociais, principalmente se não estão convivendo com outras da mesma “espécie”. Não é raro que nessas ocasiões elas fiquem introvertidas e não falem muito – isso acontece porque interiormente elas pensam que os demais não as compreenderão.
E a ciência concorda com essa teoria?
É importante saber que não há provas científicas que comprovem a existência de crianças índigo. Em 2010, o Departamento Científico de Saúde Mental da Sociedade de Pediatria de São Paulo lançou nota oficial mencionando que tal conceito não era abraçado pela comunidade médica – justamente em razão da carência de evidências científicas.
Muitos profissionais de saúde indicam que as crianças descritas com características de índigo possuem sintomas bastante semelhantes aquelas com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). O número delas vem crescendo bastante ao redor do mundo.
Segundo um levantamento realizado pela Universidade de Northwestern, nos Estados Unidos, de 2000 a 2010 o número de crianças diagnosticadas com TDAH aumentou em impressionantes 66%. Elas eram 6,2 milhões em 2000, e passaram para 10,4 milhões em 2010 – foram consideradas no estudo apenas as menores de 18 anos.
Quanto ao Brasil, um estudo realizado pelo Instituto Glia em 2011 estima que aproximadamente 4,4% das crianças com menos de 18 anos sofram de TDAH. Para chegar a esse índice, os pesquisadores analisaram 5.961 pessoas em 18 diferentes Estados. Eles observaram ainda que 58,4% delas ainda não tinham recebido o diagnóstico, somente 13,3% estavam sendo corretamente medicadas, 6,1% receberam o diagnóstico equivocado, e 1,6% ingeria medicação sem necessidade.
Por isso mesmo que você acredite na existência de crianças índigo, caso ela demonstre sintomas de TDAH é importante levá-la a um profissional de saúde mental. Ele poderá avaliá-la corretamente e diagnosticá-la, se for o caso.
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