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Saiba tudo sobre a AIDS: causas, sintomas e tratamento

Por Redação Doutíssima 08/07/2013

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Quanto sabemos sobre a aids? A importância da informação está para nos proteger do contágio e também dos preconceitos. Conheça mais afundo o que é a aids, o contágio, as causas, os sintomas e os tratamentos.

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Saiba tudo sobre a AIDS: causas, sintomas e tratamento

O que é a aids?

A aids é uma infecção causada pelo vírus HIV. A sigla aids quer dizer Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (e em outros países de língua portuguesa, é chamada SIDA) enquanto a sigla HIV quer dizer Vírus da Imunodeficiência Humana (em alguns países de língua portuguesa também é chamado de VHI, embora a sigla inglesa HIV seja mais comum). O vírus ataca o sistema imunológico humano, que é o responsável por defender nosso organismo de doenças. O HIV ataca as células de defesa chamadas Linfócitos TCD4 e alteram o DNA destas células. Assim, estes linfócitos se multiplicam com o material genético do HIV e eles param de trabalhar para o nosso organismo e passam a servir de “abrigo” para a contínua multiplicação do HIV. Existem casos de soropositivos (aqueles que têm o HIV no organismo) que não apresentam nenhum sintoma da aids. Apesar disto, eles podem passar o vírus para outras pessoas. A aids é considerada hoje uma pandemia, ou seja é uma doença infecciosa que se espalha de forma descontrolada por diversas partes do mundo.

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História da aids

As origens da aids ainda não estão certas. Algumas teorias tentam explicar o seu aparecimento, mas é difícil saber ao certo como e quando ela surgiu e como se deram os primeiros contatos e contágios humano. As teorias mais aceitas são aquelas que apresentam o vírus como originário da África. Muito antes da descoberta do vírus do HIV, já eram relatados sintomas e óbitos relacionados à doenças vinculadas à imunodeficiência, como a pneumonia e a tuberculose. Como a África é espaço de muitas outras doenças endêmicas, estes casos eram geralmente tratados como malária, desnutrição e outras infecções. Além disso, foi descoberto também neste continente o SIV, Vírus da Imunodeficiência Símia, um vírus intimamente ligado ao HIV que ataca os grandes macacos africanos. Algumas teorias sustentam que o homem teve contato com o SIV, que dentro do organismo humano se transformou, através de mutações, no HIV. Os primeiros estudos sobre as causas, sintomas e tratamento começaram na década de 1980.

Transmissão

O vírus da aids é transmitido através da troca de secreções entre dois indivíduos, sendo um obrigatoriamente o portador do vírus. O HIV pode ser transmitido pelo sêmen, secreções vaginais, sangue e leite materno. Há ainda a possibilidade de transmissão através  transplante de órgãos ou utensílios cirúrgicos não esterilizados. As principais vias de transmissão são:

  • Sexual – O contato, por ato sexual, com secreções de um indivíduo infectado pode levar à transmissão da aids. Tanto o sexo vaginal, anal ou oral sem proteção podem transmitir o vírus.
  • Sangue – Transfusões de sangue são também uma via de transmissão do vírus. Atualmente, hospitais e bancos de sangue realizam exames antes da transfusão, o que diminui o risco de transmissão.
  • Agulhas e seringas contaminadas – O compartilhamento de agulhas e seringas é uma grande via de transmissão do vírus da aids. Usuários de drogas injetáveis estão entre os grupos de maior risco.
  • Mãe para filho – Existe a possibilidade de transmissão da mãe durante a gestação, o parto ou a amamentação. Felizmente, existe a possibilidade de tratamento durante o período da gravidez. Assim, se reduz o risco da transmissão para o bebê.

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Sintomas e Diagnóstico

Os sintomas não são os mesmos para todos os infectados. Geralmente, os primeiros sintomas aparecem de duas a quatro semanas após a infecção e se caracterizam, principalmente, por febre, dores musculares, de cabeça e garganta, calafrios e manchas na pele. A progressão da aids no organismo leva ao aparecimento das chamadas “doenças oportunistas”, causadas pela baixa imunidade. As mais comuns são a tuberculose, a pneumonia, o sarcoma de Kaposi e um evidente emagrecimento. É importante destacar que mesmo que os sintomas não se apresentem, uma pessoa infectada pode transmitir o vírus a outras pessoas. Os primeiros sintomas podem aparecer até 10 anos após a infecção. No Brasil, o SUS, Sistema Único de Saúde, garante o tratamento, a medicação e os exames. O diagnóstico mais comum é ainda o Teste de HIV. Estes testes são sempre gratuitos e sigilosos.

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Tratamento

Ainda não se tem a cura para a aids, mas atualmente existem tratamentos a partir de drogas chamadas antirretrovirais. Estas drogas inibem o multiplicação do vírus HIV. Este tratamento dá a possibilidade dos portadores do vírus de viver com mais qualidade de vida. É importante lembrar que no início da epidemia receber o diagnóstico de aids era considerado uma sentença de morte. No ápice da doença e sem as informações e tratamentos que temos hoje, os infectados morriam rapidamente. No Brasil, o tratamento por antirretrovirais é oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

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Prevenção

  • Uso de preservativo – É ainda a forma mais eficaz de evitar o contágio. Mesmo entre os portadores do vírus deve-se usar o preservativo para evitar a reinfecção. Além disso, o preservativo previne o contágio de outras doenças sexualmente transmissíveis.
  • Pré-natal – Grávidas devem fazer o teste de HIV para, caso estejam infectadas, diminuir o risco de transmissão para o bebê.
  • Agulhas e seringas descartáveis – É imprescindível o uso de seringas e agulhas descartáveis.

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A informação é o nosso maior aliado no combate a aids. Assim como também é no combate ao preconceito. A aids não é uma doença exclusiva dos homossexuais e dos usuários de drogas injetáveis. O número de heterossexuais infectados é significativo, assim como o de mulheres. A aids não ter cor, nem sexo, nem idade. Não deixe que o preconceito te impeça de se proteger e não deixe também que este preconceito te leve a segregar soropositivos. A aids não é transmitida através de um aperto de mão ou convívio social. Use sempre as informações para se proteger do contágio e do preconceito!

Fontes: Drauzio Varella, Aids.gov, Science Blogs, Banco de Saúde