Clínica Geral

Entenda sobre a esquizofrenia e transtorno esquizofreniforme

Por Rafaela Monteiro 16/10/2013

esquizofreniforme

 

A palavra esquizofrenia vem do grego e significa, a grosso modo, “mente divida em dois”. É considerada pela psicopatologia como um tipo de sofrimento psíquico grave, caracterizado principalmente pela alteração no contato com a realidade. Sendo um tipo de psicose.

Segundo o DSM-IV, é um transtorno psíquico severo caracterizado por dois ou mais sintomas entre – alucinações visuais, sinestésicas ou auditivas, delírios, fala desorganizada (incompreensível), catatonia ou/e sintomas depressivos –  manifestados no período de no mínimo um mês.

Assim como a paranoia (transtorno delirante persistente, na CID-10), o transtorno esquizofreniforme e o transtorno esquizoafetivo, as esquizofrenias compõem o grupo das psicoses. É hoje encarada não como doença, no sentido clássico do termo, mas sim como um transtorno mental, podendo atingir a qualquer tipo de pessoa. Segundo estudos da Organização Mundial de Saúde, atinge por volta de 1% da população em todo o mundo.

Apesar da sua exata origem não estar precisa, existem indícios  que mostram, cada vez mais e mais fortemente, que a esquizofrenia é um severo transtorno do funcionamento cerebral e pode ter origem genética.

 

Esquizofrenia e transtorno esquizofreniforme

Segundo a CID-10 os fatores que caracterizam o Transtorno Esquizofreniforme são idênticos àqueles que caracterizam a esquizofrenia, exceto por dois motivos: a duração total da doença (incluindo a fase prodromal, ativa e residual) que neste caso é de ao menos um mês, mas menos que seis meses, e o fato de não ser durante toda a doença observada a característica própria da esquizofrenia, que é o prejuízo social e também no trabalho.
Cerca de metade das pessoas diagnosticadas com o transtorno são depois acometidas de esquizofrenia. Esse transtorno ocorre mais comumente naqueles que têm familiares com esquizofrenia ou transtorno afetivo bipolar (ou transtorno maníaco depressivo). O critério central é o mesmo válido para a esquizofrenia, a diferença é exatamente o tempo do transcurso da doença.
Os sintomas devem ser observados por mais de um mês mais menos de seis meses, pois passando disso o diagnóstico será de esquizofrenia.
O fato é que o tempo é o fator diferencial dos dois transtornos, que implica no diagnóstico correto da doença.