Não há dúvidas de que a alimentação tenha seu papel e seja parte essencial para controlar o colesterol, apesar de 70% do nosso colesterol ser produzido pelo fígado e os 30% restantes são provenientes da dieta, segundo a nutricionista Rosana Perim, do Hospital do Coração, na capital paulista. Mas não cruze os garfos diante dessa proporção: Em todo caso, os problemas começam a aparecer quando as pessoas passam a consumir colesterol e gordura saturada, presentes em alimentos como carnes, leite integral e seus derivados, em grandes quantidades.
Porém, é importante estar consciente de que, controlar as porções não é sinônimo de restrição. “Pode-se comer até mesmo ovo com moderação”, diz a cardiologista Ana Paula Marte, do InCor. “Não é o caso de abolir nada”, complementa a nutricionista Marcia Nacif, do Centro Universitário São Camilo, em São Paulo. A lista de cautelas conta também com a presença de outros alimentos, como frituras, pele de frango e embutidos. Na hora do lanchinho da tarde, outro alerta é quanto aos doces: se você está pensando em comer aquela bolacha recheada, reflita bem antes de cair na tentação! Ela pode até parecer inofensiva, porém é repleta de gordura trans, ou gordura vegetal hidrogenada, uma das grandes vilãs, responsáveis pelo aumento das taxas de colesterol. Além dos biscoitos, outros alimentos que contêm essa substância são os sorvetes, margarinas, salgadinhos e outras guloseimas industrializadas. Cuidado para não cair na tentação! Se você estiver prestes a ceder, pense em comer uma fruta, por exemplo, pois a fome da tarde será saciada e você estará cuidando da sua saúde ao mesmo tempo.
Atenção também com a polpa de coco e azeite de dendê, pois eles carregarem doses consideráveis de gorduras saturadas, as mesmas presentes em alimentos de origem animal. A gordura saturada é formada por triglicéridos cujos ácidos gordos são do tipo saturado, classificando-se desta forma pelo fato dos seus átomos de carbono se ligarem ao maior número possível de átomos de hidrogénio. Todos os alimentos de origem vegetal são pobres em gordura saturada, exceto o coco, por exemplo.
Essas gorduras, porém, podem contribuir para o armazenamento e produção de energia. Este tipo de gordura é sólida quando se encontra à temperatura ambiente, com a tendência para se depositar nos tecidos do corpo, em particular por baixo da pele (causando obesidade) e nas artérias, o que provoca arteriosclerose. Não existem sintomas carenciais associados à gordura saturada, porque este tipo de gordura não é necessária para o organismo e quanto menos for consumida, melhor para a saúde!