Recheado de mistérios, medos, descobertas e sensações, a maternidade pode ser considerado o momento mais importante da vida de uma mulher. Antes e depois do parto, a mulher passa por inúmeros momentos de dúvidas e um dos problemas mais delicados é a relação entre a gravidez e o trabalho.
Primeiro vem a fase de preparação por deixar o trabalho durante a sua licença-maternidade. É fundamental organizar tudo de maneira a que você curta integralmente seu bebê, sem medo do que possa estar passando no escritório. E nada pior do que receber uma ligação do chefe procurando uma tal pasta ou o dossiê de um cliente.
Mas depois de tudo preparado, vem o parto. Nasce o bebê e você começa a se adaptar à sua nova rotina de vida. Isso não acontece logo de cara não, são meses de adaptação. Quando você começa a sentir que já tem quase tudo sob controle e que consegue administrar todas as áreas da sua vida ao mesmo tempo (ser mãe, dona de casa, esposa, amante e mulher), chega o momento mais tenso. Nenhuma licença-maternidade dura para sempre, então, é a hora da volta ao trabalho.
É nessa hora que você começa a perceber seu grande coração de mãe. As preocupações giram em torno de deixar o bebê sozinho, pois pra você, o bebê nunca está totalmente protegido sem você por perto. Todas essas angustias iniciais podem levar ao sentimento de culpa e impedem que muitas mulheres retomem bem suas carreiras.
Rejeite o sentimento de culpa
O mais importante na volta ao trabalho após a licença-maternidade não é a quantidade de tempo que se passa com o bebê e sim a qualidade desses momentos. Massagens, brincadeiras e conversas com o bebê são atitudes que minimizam o impacto da distância entre os dois. Mesmo que o bebê ainda não seja capaz de entender o que dizemos para eles, eles podem sentir quando nos dirigimos a eles. Cantar, contar histórias, conversar fazem o bebê se sentir próximo de você e ele vai perceber a sua presença e seu afeto. Fale que pensa nele durante o trabalho, conte como se sentiu.
É normal sentir culpa por deixar a criança na volta ao trabalho, mas todas as mães sobrevivem e os bebês também. A vida continua. O aleitamento é uma atividade fundamental que pode ser seguida mesmo após os 6 meses do bebê e ajuda a estreitar os laços entre mãe e filho durante essa separação. Deixar o leite armazenado para que o bebê se alimente na sua ausência também o faz pensar em você durante o aleitamento. Se a sua preocupação te leva a uma tensão que te impede de trabalhar e acompanhar uma reunião até o fim sem achar que houve algo com a criança, é importante buscar assistência psicológica.