Filhos

Como conseguir que as crianças façam os deveres de casa

Por Redação Doutíssima 19/01/2014

ccaSeja na escola primária, no ginásio ou no ensino médio, pode acontecer que seus filhos não sejam exemplos de motivação e dedicação na hora de fazer os deveres de casa. Mas o Doutíssima vai ensinar alguns princípios básicos que ajudarão você a conseguir que as crianças façam os deveres de casa! Confira!

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1) A relação sistêmica

Seu filho não está sozinho nessa. Você o educa, seu cônjuge também, vocês interagem com a criança. Mas você não é o único a participar do seu crescimento, seu filho também interage com os professores, de quem ele pode gostar mais ou menos. E ele tem amigos e amigas que também têm interações com ele. Todo este ambiente social influencia seu filho, esteja ele consciente ou não.

Daí o princípio: que a sua vontade de estudar venha dele, e não dos outros. É um pouco difícil de admitir, mas você não pode controlar todo o ambiente do seu filho, é quase impossível e, mesmo que você pudesse, não duraria muito tempo. Ele provavelmente tem ou terá professores irritantes e pouco interessantes, ele poderá fazer parte daquele grupinho que nunca faz os trabalhos ou nunca estuda para a prova, mas que sempre consegue se sair bem, de uma forma ou de outra. Portanto, é melhor que seu filho seja pouco influenciado por essas circunstâncias externas. E é necessário que isso venha dele. Mas como?

 

2) A educação por um método

Você, pessoalmente, está motivado para ir trabalhar, mesmo sabendo que você poderia estar fazendo coisas mais interessantes que serviriam mais para seus projetos pessoais? Normalmente não.

Para o seu filho é a mesma coisa. Principalmente se você o obriga a estudar quando ele pensa que isto não servirá para nada ou então que ele prefere atividades com um benefício mais concreto. Além disso, com a televisão, os vídeo games e as redes sociais, os deveres de casa não têm mais peso para lutar contra tantas cores, sons e estímulos.

Muitos acreditam que deve-se forçar a criança a estudar e que, assim, ele vai tomar gosto pela coisa mais tarde. Grande erro. É justamente forçando que você, como pai, vai tirar todo o mérito pessoal de estudar e conquistar boas notas. Seu filho não o faz para ele, mas para os pais. Uma vez que a sua pressão sobre ele diminua (durante os estudos superiores, por exemplo), o grande gato não será mais lá, e quando o gato sai, os ratos fazem a festa (ou morrem de preguiça).

As suas preocupações quanto ao futuro do seu filho, muitas vezes não são compartilhadas pelo maior interessado. É necessário comunicar com ele para que ele entenda e sinta o que você diz. Você precisa criar nele a vontade de trabalhar, pois ele saberá que isto vai trazer-lhe algo em troca. E o seu papel é o de iniciar o desejo. E, francamente, o que é melhor do que uma educação que o torna autônomo?

 

3) Motive seus filhos

Para motivar seus filhos, é essencial comunicar. Mas os exemplos valem mais do que uma teoria para colocar em prática um conceito:

  • Fale a língua dele, dos centros de interesse dele. Encontre uma forma de mostrar que, estudando, ele poderá evoluir as próprias capacidades para atuar nos centros de interesse.
  • Se ele tem uma tendência a se opor ao que você diz, use isso a seu favor. Se ele não quer estudar, diga que você acredita que ele não conseguiria estudar sozinho e de maneira autônoma durante uma semana inteira. Parece estranho, mas os psicoterapeutas usam sempre a oposição para chegar a um objetivo.
  • Seja claro com ele. Mostre que sua preocupação é normal, que todos os pais agem assim. Pergunte se ele prefere que você dê um empurrãozinho para que ele evolua ou se ele prefere que você confie na capacidade e na maturidade dele.
  • Encoraje-o sempre e felicite-o pelo menor progresso. Nunca desestimule seu filho!