Medicamentos

Para que serve a Torasemida

Por Redação Doutíssima 04/02/2014

-tratamento-12O que é e como age?

A Torasemida é um novo diurético de alça, assim como o furosemida, o bumetanida e o piretanido. Ela age principalmente no ramo ascendente da alça de Henle, onde bloqueia a reabsorção do sódio e do cloreto para induzir uma rápida e acentuada diurese. Esta diurese abundante dura um certo tempo e esta ação inibidora do segmento diluente medular e cortical adiciona um efeito sobre a hemodinâmica intra-renal, induzindo mudanças locais no fluxo sanguíneo por modificações no tom dos vasos intra-renais.

A vasodilatação da arteríola renal gera um aumento da pressão hidrostática e, consequentemente, uma diminuição da reabsorção tubular de sódio e água. Estas modificações são atribuídas à ação sobre as prostaglandinas intra-renais (que estimulam a síntese). A Torasemida se absorve por via digestiva, de forma rápida e completa. A sua biodisponibilidade é grande (80 a 90%), a sua meia-vida varia de 0,8 a 6h e a duração do seu efeito terapêutico é de 6 a 8h.

Ele se une em grande medida às proteínas do plasma (95%), de modo que elas são filtradas através do glomérulo em quantidades limitadas, mas são secretadas pelo transporte ativo no túbulo proximal, um mecanismo que pode ser bloqueado pela probenecida e outros medicamentos que agem neste transporte. A eliminação é feita pela urina, em parte sob sua forma ativa (22% a 34% da dose) e em outra parte metabolizada pelo fígado, por oxidação no sistema do citocromo P450. A perda de potássio é mais lenta com a Torasemida que com os diuréticos clássicos.

 

Indicações

A Torasemida é indicada para tratar edemas associados à insuficiência cardíaca congestiva, cirrose hepática e doenças renais. Ela também pode ser utilizada como coadjuvante no tratamento do edema pulmonar agudo.

 

Contra-indicações

Pessoas com insuficiência renal grave, coma hepático, hipersensibilidade à Torasemida ou aos sulfoniluréias, choque, hipertrofia prostática, colapso vascular com hipotensão devem evitar o medicamento.

Se você utiliza o medicamento, atenção! Não é recomendado o consumo de álcool, maconha, cafeína ou nicotina.

 

Torasemida: efeitos colaterais

Em alguns pacientes, a Torasemida pode gerar uma depleção de água salgada (água, sódio, cloro e potássio), o que depende da dose e da duração do tratamento. Ocasionalmente, pode ocorrer alcalose metabólica, tontura, dor de cabeça, cansaço, sonolência e cãibras musculares. Pacientes que têm vômitos, diarréia, que são consumidores de laxantes, que sofrem de doenças do fígado ou que não se alimentam o suficiente, a Torasemida pode provocar a hipocalemia. Como resultado da hemoconcentração, em casos isolados, pode ocorrer uma hipotensão arterial, estado de confusão e isquemia cerebral. No início do tratamento, pode haver secura na boca, diarréia, náuseas, vômitos, constipação, anorexia, dor epigástrica e hiperuricemia, hiperglicemia, hiperlipidemia (colesterol, triglicerídios). Em pacientes com anormalidades da próstata, há o risco de desenvolver forte retenção urinária ou a distensão da bexiga.