Uma doença que tem meios de contaminação muito bem conhecidos mas por “algum motivo” não conseguimos combater e eliminar completamente a sua transmissão é a AIDS. São várias as organizações que tentam esse feito, juntamente com o próprio ministério da saúde e várias outras organizações que buscam trazer o fim de uma doença que mata muitas pessoas e acaba com a vida de várias outras.
Uma doença que possuí repercussões bucais que podem ser evitadas ou mesmo que aconteçam, que sejam menos traumáticas e mais confortáveis para o paciente. Vou me deter a falar somente sobre o que os dentistas podem fazer para trabalhar e atender com maior conforto o paciente com AIDS e mais do que isso, o paciente precisa ter consciência que é uma pessoa normal e com todos os seus direitos e por isso, não deve esconder isso de ninguém, muito menos do dentista que precisa saber da doença para poder aplicar o protocolo de atendimento.
É assustador vermos dados como de 656.701 casos de paciente com a doença já manifestada, cerca de 20 casos por cada 100 mil habitantes. E mesmo a região Sudeste sendo a líder em casos já instalados da doença, a quantidade de pacientes com AIDS vem crescendo em todo o território brasileiro mas possui baixas no Sudeste. Outro fator que vem mudando é com relação às mulheres que vem ganhando terreno em relação aos homens e aumentando os índices de mulheres com AIDS.
Quando falamos em odontologia, entramos em um mundo de Tabus:
– O paciente morre de vergonha de falar para o profissional da área da saúde, que está com AIDS e isso gera uma série de problemas.
– O próprio dentista, por desconhecimento, fica com certos cuidados desnecessários e acaba esquecendo de cuidados necessários. Precisamos entender que se aplicarmos o protocolo de atendimento, não só estaremos seguros como poderemos tratar o paciente com dignidade e eficiência e isso precisa ser nossa meta.
– Existem pacientes diagnosticados que falam abertamente para o dentista que possuem AIDS mas se negam a seguir o protocolo de forma devida, tanto do ponto de vista odontológico quanto com relação aos seus exames médicos.
– Muitos pacientes não sabem que são soropositivo e por isso não falam nada para o dentista. A doença pega muitos pacientes de surpresa. Nesses pacientes o dentista precisa estar sempre atendo e fazendo todos os métodos de proteção além de procurar lesões características da doença que possam chamar a atenção para um encaminhamento para um médico que poderá solicitar os exames para fechar o diagnóstico. São várias as lesões e alterações bucais que são associadas a pacientes soropositivos.
O passo mais importante começa com uma boa anamnese que é o momento no qual o dentista constrói toda a ficha clínica do paciente e aglomera o máximo de informações que darão segurança para o tratamento.
O último caso é o paciente consciente que conhece a sua doença e avisa para o dentista que poderá tratá-lo da melhor forma possível e de acordo com suas necessidades e que segue tudo que é necessário para permanecer saudável mesmo com a doença. Seja como o último caso e respeite o profissional que está lhe tratando além de respeitar a si mesmo.
