Uma ferida surge ao redor da boca com pequenas bolhas, vermelhidão e coceira: esse é o herpes labial. Causado por um vírus, nem todos que foram infectados apresentam os sintomas da doença.
Herpes labial: praticamente todo mundo tem
Também chamada de herpes simples tipo 1, a doença é provocada por um vírus que geralmente é contraído na infância, mas que pode apresentar as feridas apenas com o passar dos anos ou até ficar dormente no organismo.
Da mesma família, também há o tipo 2, que causa a herpes genital. Os dois vírus são diferentes, mas apesar da prevalência em um local ou outro, o herpes pode se manifestar em qualquer parte do corpo.
Há ainda o herpes zoster, outra doença causada pelo mesmo vírus da catapora e que é popularmente conhecido como cobreiro. Esse problema é muito mais sério e precisa de atenção médica imediata.
No livro Human Herpesviruses: Biology, Therapy and Immunoprophylaxis, Anna Wald e Lawrence Corey indicam que 90% da população mundial é portadora do herpes labial ou genital ou ambos. A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) também cita a estimativa de que 90% dos brasileiros estão contaminados pelo vírus do herpes.
Outra estimativa apresentada na publicação norte-americana é de que apenas 30% de quem possui o vírus tipo 1 apresenta lesões recorrentes. Ou seja, a maior parte das pessoas carrega consigo o vírus do herpes, mas poucas vão ter feridas com frequência.
O herpes labial pode ser transmitido pela pele, pelo contato com a saliva (em beijos, espirros, copos e talheres contaminados), ou pelo contato direto com as lesões. Aliás, quando há bolhas na região da boca, a quantidade de vírus presente na saliva aumenta muito.
Sintomas da herpes labial e como tratar
As lesões iniciais desse tipo de herpes podem surgir dentro da boca, nos lábios, no queixo, no nariz e até próximo dos olhos. Quando elas começam a surgir, causam dor, coceira e formigamento. Depois evoluem para vermelhidão e pequenas bolhas cheias de fluído.
Quando o herpes começa a regredir, as bolhas secam, formam uma casquinha e a pele, aos poucos, volta ao normal. Wald e Corey estimam que os episódios tenham duração entre cinco e sete dias.
Segundo o Ministério da Saúde, a reativação do vírus e surgimento das feridas pode acontecer por diversas causas. Entre elas, estão a exposição solar intensa, estresse, fadiga física e mental, infecções, febre e diminuição da resistência orgânica, feita pelo sistema imunológico.
O herpes labial não tem cura, o vírus não pode ser eliminado do organismo e, mesmo se pudesse, as chances de reinfecção são grandes. O tratamento é feito apenas quando surgem as feridas.
O Ministério da Saúde recomenda cuidados assim que surgirem os primeiros sintomas. As bolhas não devem ser furadas e é preciso evitar beijar ou falar muito próximo das pessoas. O tratamento com cremes ou medicamentos só pode ser indicado por um médico.
A última recomendação do órgão brasileiro é de que tenha-se atenção às reincidências. Quando o herpes labial gerar feridas com muita frequência, é preciso fortificar o sistema imunológico.
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