Clínica Geral

Ingerir remédios por contra própria pode levar à intoxicação medicamentosa

Por Redação Doutíssima 03/09/2014

Quando surge aquela dor de cabeça terrível, muitas pessoas correm para a farmácia e já sabem que remédio pedir, ou mesmo recorre a um pequeno estoque de medicamentos que guarda em casa. Se você se identificou com um desde casos, saiba que não está sozinho nessa, já que muitas pessoas são adeptas da automedicação. O que as pessoas não sabem é o seu uso em doses erradas pode causar uma intoxicação medicamentosa e trazer graves danos à saúde.

Automedicação leva à intoxicação medicamentosa

De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde, no Brasil cerca de 25% dos casos de intoxicação são originadas pela automedicação. Nos últimos cinco anos, por exemplo, 60 mil brasileiros foram internados em hospitais com sintomas de intoxicação medicamentosa.

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Hábito de se automedicar é um dos principais fatores que levam à intoxicação. Foto: Shutterstock

Sintomas da intoxicação medicamentosa

Segundo especialistas, todo medicamento, seja ele qual for, até os conhecidos como naturais, podem causar algum risco, dependendo da saúde da pessoa e da situação em que ela o está utilizando.

Muitas vezes os sintomas podem se revelar de uma hora para outra, como acontece no caso das alergias aos medicamentos, que podem causar sérias reações. Uma intoxicação medicamentosa pode agredir o organismo do ser humano, alterando as suas funções e, até mesmo, levando a pessoa à morte.

Se você sentir algum destes sintomas após ter ingerido medicamentos por conta própria e sem a orientação de um profissional, não pense duas vezes e procure um médico imediatamente:

– Hálito com um cheiro anormal;

– Dor;

– Queimação no estômago ou na garganta;

– Vômitos;

– Confusão mental;

Convulsões.

Fique atento aos riscos

Uma intoxicação medicamentosa pode ter origem no enfrentamento do que consideramos uma simples gripe. Quando começamos a sentir os primeiros sintomas, nem precisamos ir na farmácia, pois já possuímos em casa um kit de remédios para estes casos. Mas você tem noção do que está tomando e de como esse medicamento realmente atua no seu organismo?

Os antitérmicos, por exemplo, servem para diminuir a febre, mas não atingem o foco do problema que está causando essa febre. Por outro lado, os anti-inflamatórios não devem ser ministrados para crianças que tenham menos que 14 anos de idade, a não ser em casos muito específicos, nos quais o próprio médico fará a prescrição e os antibióticos só devem ser utilizados sob cuidadosa orientação desse profissional.

De acordo com o Dr. Marcelo Reis, responsável pela Unidade de Emergência Pediátrica do Hospital de Clinicas da UNICAMP e atual presidente do Departamento de Emergências da Sociedade de Pediatria de São Paulo, a automedicação é recomendada apenas para produtos que não possuem contraindicação e em dose adequada.

Existem muitos métodos para aliviar os tão conhecidos sintomas da gripe e é preciso ficar alerta quanto aos riscos de intoxicação medicamentosa.

“O mais importante nos quadros respiratórios como febre, resfriado, gripe ou tosse é a hidratação com oferta de líquidos entre água, sucos naturais e chás. Além da constante limpeza nasal, utilizando soro fisiológico ou cloreto de sódio 0,9%, que podem e devem ser utilizados à vontade”, explica o Dr. Marcelo.

 

 

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