Saúde Mental

Azul é a cor mais quente: filme dialoga sobre preconceito e inspira garotas a pintar cabelo

Por Redação Doutíssima 15/06/2014

Azul é a cor mais quente (em francês, “La vie d’Adèle”) é um filme polêmico que ganhou a Palma de Ouro no Festival de Cannes de 2013. Baseado nos quadrinhos “Le Bleu est une couleur chaude”, de Julie Maroh, o longa é dirigido por Abdellatif Kechiche.

A história de Azul é a cor mais quente

Na trama do filme, Adèle é uma garota de 15 anos que descobre estar apaixonada por Emma e seus cabelos azulados. Ao se entregar a esta paixão secreta, Adèle briga com sua família e entra em conflito com a moral vigente.

azul é a cor mais quente

Tom azul despertou uma verdadeira revolução sexual a partir de filme polêmico. Foto: Shutterstock

Polêmicas em Azul é a cor mais quente

Críticas ao filme Azul é a cor mais quente vieram de todos os lados – exceto da crítica, que incensou o longa como um dos grandes trabalhos cinematográficos dos últimos tempos. As controvérsias em relação à narrativa se devem às cenas de sexo explícito entre duas adolescentes em uma história que descreve a paixão de Adèle e Emma e dialoga com a descoberta do desejo e com as barreiras morais que ainda se impõem aos jovens do século 21.

Por um lado, a comunidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis) acusou o diretor de Azul é a cor mais quente de lançar um olhar masculino sobre o amor de duas mulheres. Por outro, as atrizes, uma de 18 anos e outra de 27 à época das gravações, reclamaram de supostos excessos do diretor, que repetia cenas (emocionais e sexuais) por horas até encontrar as reações que buscava.

Uma das cenas de sexo levou 10 dias para ser filmada, segundo a atriz Léa Seydoux, que afirmou ter se sentido uma “prostituta” durante as gravações. Já a outra protagonista, Adèle Exarchopoulos, que reclamou inicialmente, mais tarde abrandou o tom das críticas e chegou a dizer que a filmagem constituiu-se da melhor escola que ela poderia ter tido como atriz. Diante das acusações, o diretor Abdellatif Kechiche, quase desistiu da divulgação do filme e publicou nota condenando o comportamento de Léa.

Cabelos inspirados em Azul é a cor mais quente

Em maio deste ano, o jornal Folha de S. Paulo publicou matéria retratando jovens garotas que se inspiraram no filme Azul é a cor mais quente para pintar os cabelos de azul e se identificar com essa opção sexual. Ou seja, a cor azul nos cabelos, para muitas jovens, passou a significar que a garota gosta de pessoas do mesmo sexo. Segundo as fontes entrevistadas pela reportagem, esse novo código capilar facilita a abordagem e não é entendido pelas famílias, que não associam a cor ao lesbianismo.

Para pintar os cabelos de azul

Se você quiser seguir essa tendência, influenciado ou não pelo filme Azul é a cor mais quente, a dica é ir até um salão de beleza para que você possa obter o tom desejado. Se não quiser gastar pelo menos R$ 100 no cabeleireiro, você pode recorrer a uma tintura, que pode ser comprada em farmácias por preços mais em conta.

Aqui fica o alerta, no entanto: os especialistas aconselham que se evite o uso de metileno, já que o produto, que surgiu inicialmente como um remédio e dá cor em cabelos descoloridos, pode causar sérios danos aos fios.

 

 

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