Pessoas com gagueira geralmente possuem insegurança para falar, baixa auto-estima, ansiedade, nervosismo, frustração, etc. Todos estes fatores são consequência da gagueira, ou seja, são sintomas e não são as causas da mesma. É claro, que estes fatores psicológicos fazem com que aumentem a gagueira. O centro emocional é o grande responsável pela gagueira, por existirem registros na memória que modelam as formas de comunicação.
Na criança, a influência do emocional será maior, já que a mesma é muito pequena para poder lidar com os inúmeros problemas e situações. Listarei alguns destes problemas: separação dos pais, morte de familiares, nascimento de um irmão, pouca atenção dada pelos pais, dificuldade de adaptação no ingresso ou mudança de escola, intimidação, comparações, pressão psicológica, bullyng, etc. No entanto, estes problemas não causam a gagueira patológica, eles interferem na fala fazendo com que a criança apresente uma gagueira natural mais frequente, com o tempo a gagueira na criança pode desaparecer, conforme as adaptações do meio ou se fixar definitivamente.
Muitos pais observam essa disfluência de forma indiferente, os mesmos deduzem se tratar de uma gagueira patológica, dessa forma reagem de forma negativa, sempre que chamar a atenção da criança. Esta reação negativa é que constitui um problema, pois acabam reforçando a condição da gagueira.
É importante os pais entenderem e interpretarem o que está realmente acontecendo com a criança e todas as situações que ocorrem em torno da criança, objetivando ajudá-la a superar quaisquer tipo de problema com origem emocional. Se a criança conseguir superar a causa emocional, certamente o sintoma da gagueira desaparecerá. O acompanhamento do fonoaudiólogo e até psicológico pode ser muito importante neste momento.
Tipos de gagueira
A gagueira emocional (patológica), quando não está ligada a qualquer comprometimento orgânico, a pessoa possui momentos onde a fala é fluente, por exemplo, cantando ou falando sozinho. Há outro tipo de gagueira, a gagueira orgânica, essas são ocasionadas por um acidente vascular cerebral (AVC) ou traumatismo craniano. Nesses casos, o sujeito apresentará alterações no ritmo respiratório, que levarão a uma gagueira constante. Esta gagueira, portanto, difere da gagueira patológica.
O terceiro tipo de gagueira possui origem psicossomática, ou seja, contraída pelo meio, onde existe o convívio com mais alguém gago. Nesses casos é indicado que ambos devem passar pelo tratamento. Algumas tentativas importantes de controle da gagueira: mudar a intensidade da voz, falar lentamente, esforço motor, etc.
O ato de gaguejar, representa uma interferência espontânea: a fala. Durante o ato da comunicação, o indivíduo gago crê que será incapaz de falar sem gaguejar, esse esforço acaba gerando dúvidas e inseguranças, antes mesmo de pronunciar as palavras; mentalmente antecipam que os outros pensam de si, acredita que irão rir, estranhar, evita constrangimentos, etc. Esse conflito interior acaba, automaticamente, gerando mais gagueira. Nessa tentativa, adicionará, inconscientemente, tensão aos órgãos que produzem a fala, ao mesmo tempo se esforçam, constantemente, na troca de palavras, por aquelas que acredita não gaguejar. Ou seja, passará a interferir em sua fala, tentará controlar a sua gagueira, situação que é criada pelo indivíduo antes mesmo da gagueira existir. São formas de autocontrole que tendem fixar ainda mais a gagueira.
No entanto, há pessoas gagas que através destas formas de controle conseguem diminuí-la e até serem fluentes, mas sua crença de que é incapaz de falar sem gaguejar permanece e sempre dependerá deste autocontrole para tentar falar fluentemente.
Como a hipnoterapia trata a guagueira
A Hipnoterapia Ccondicionativa tem se mostrado muito eficiente para solucionar os problemas de gagueira, qualquer que seja a origem, principalmente as de fundo emocional ou psicossomáticas. Um bom hipnoterapeuta, em poucas sessões consegue fazer que a pessoa tenha sua fala normalizada ou restabelecida. Quanto mais cedo buscar ajuda profissional, melhores serão os resultados.
Durante as sessões de Hipnose Condicionativa, que duram cerca de uma hora e trinta minutos cada, haverá necessidade de retroagir a memória da pessoa até os registros mentais que disparam a dificuldade da fala (conscientes e inconscientes). É lá que é feito o bloqueio das emoções negativas desses registros, para mente não mais associá-los. Em seguida é possível fazer modelagem de comportamento da fala em alguém que a pessoa admire. Alguns implantes de registros motivacionais são necessários, inclusive de reação ao meio para evitar recaídas. Em poucas sessões a nova conduta da fala é habilitada. Assim as pessoas conquistam qualidade de vida, conseguem superar as barreiras da comunicação e podem até mesmo se transformar em grandes oradores.
Para fazer contatos com os hipnoterapeutas credenciados pelo Instituto Brasileiro de Hipnologia acesse www.institutohipnologia.com.br.
Gostou do artigo? Qual é a sua opinião sobre ele? Venha compartilhar suas experiências e tirar suas dúvidas no Fórum de Discussão Doutíssima! Clique aqui para se cadastrar!