Guia do Câncer

Cura do câncer de pele depende de diagnóstico precoce

Por Redação Doutíssima 08/11/2014

Mesmo sendo essencial para a saúde humana, o sol também é um dos fatores de risco que ocasionam o câncer de pele. A exposição excessiva aos raios ultravioletas, mesmo durante o inverno, é o principal causador do tumor.

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Detectar os melanomas e outros tipos da doença é essencial. Foto: iStock, Getty Images

Sair às ruas em dias ensolarados pode ser bastante perigoso se não houver proteção com filtro solar. Cerca de 25% dos cânceres (tumores malignos) registrados no Brasil são os de pele. Entretanto, quando diagnosticado logo no início da manifestação, eles têm grandes chances de cura.

Com maior frequência, o câncer de pele atinge pessoas que estão acima dos 45 anos. Através dos cuidados com a pele e o uso de protetor solar e hidratantes, é possível prevenir a doença.

Existe também o autoexame que pode ser feito em casa, em frente a um espelho, e permite observar mudanças epiteliais. A partir dessa análise, quem perceber manchas, pintas e outras anomalias na pele deve recorrer a um médico. Recomenda-se fazer o autoexame com frequência para notar as alterações.

Saiba como fazer o autoexame do câncer de pele

Fique em frente a um espelho e levante os braços. Primeiro, olhe seu corpo de frente, de costas e virando para os lados direito e esquerdo. Depois, dobre os cotovelos e olhe bem as mãos, braços, antebraços e axila.

Após essa etapa, verifique com atenção as partes genitais e os lados frontais, traseiro e interior das pernas. Para o próximo passo, a pessoa pode sentar para analisar a planta e peito dos pés, observando bem por entre os dedos.

Quando for avaliar o couro cabeludo, cabeça, pescoço e orelhas, pode-se recorrer a um espelho de mão e uma escova. Por último, o espelho de mão também auxilia a observação das costas e das nádegas.

No momento do autoexame, procure por manchas que coçam, estejam escamando ou sangrando. Pintas ou sinais que crescem, mudam de tamanho, formato e cor também merecem atenção especial. Algumas feridas que não cicatrizam rapidamente (em pelo menos 4 semanas) podem indicar perigo.

Um sistema bastante prático para um pré-diagnóstico do câncer de pele é feito pelas letras ABCD. Essa avaliação permite identificar a transformação de uma pinta em melanoma. O A seria a Assimetria (as metades da pinta são diferentes uma da outra). O B seriam as Bordas irregulares (e indicariam um contorno mal feito, indefinido).

O C é a Cor variável (quando uma lesão pode ter tons de preto, castanho, vermelho, azul ou branco em uma mesma mancha). E o D indica o Diâmetro (maior que 6mm).

Tamanho da lesão pode ser mais importante que o tipo de câncer de pele

O diagnóstico do câncer de pele é feito com base no aspecto clínico da lesão. São levadas em conta a cor, a forma e o resultado da biópsia dos tecidos afetados e dos que rodeiam a lesão. Se detectado precocemente, esse tipo de câncer tem grandes probabilidades de cura.

O tratamento começa com a retirada da lesão e dos tecidos ao redor através de cirurgia. Os recursos utilizados em casos mais graves são a quimioterapia e a radioterapia.

Existem basicamente 3 tipos de câncer de pele: o carcinoma basocelular, o carcinoma espinocelular e o melanoma. Porém é mais importante o tamanho da lesão no momento do diagnóstico do que o tipo de tumor.