Ao contrário das mulheres, que costumam estar mais atentas ao estado de sua saúde, os homens têm por mania protelar a visita ao médico para a realização de exames periódicos. E os motivos são variados, incluindo o medo e preconceito – principalmente quando se trata do exame de toque para câncer de próstata, que deve ser feito anualmente.
Essa demora para procurar ajuda é um risco, pois pode provocar o desenvolvimento da doença que se tornou o segundo tipo mais comum de câncer entre os homens brasileiros. Apesar de tudo isso, porém, o câncer de próstata tem cura se diagnosticado logo.
Estima-se que a chance de cura é de 90% se detectado no período inicial. Já se a doença for diagnosticada em estágio avançado, estas chances diminuem para 10% a 20%. Isto porque a maioria dos casos registrados é de câncer dentro da próstata, o que facilita muito as chances de recuperação.
Porém, em 30% dos tumores, a doença já se instalou nos nervos ou nos ossos, e a probabilidade de vencer o câncer é reduzida drasticamente. Por isto é extremamente importante que os homens façam o rastreamento da doença a partir dos 40 anos de idade, quando houver histórico familiar da doença, ou a partir dos 45 anos, se não houver.
Quando o câncer de próstata tem cura?
Para motivar esta conscientização, que é determinante para curar e vencer a doença, criou-se a campanha Novembro Azul. Semelhante ao Outubro Rosa, que visa conscientizar as mulheres sobre o câncer de mama, a campanha voltada ao público masculino une a Sociedade Brasileira de Urologia e o Instituto Lado a Lado pela Vida na intensificação do alerta de que o câncer de próstata tem cura, sim, além da prevenção.
A ação promove a distribuição de panfletos e a realização de palestras, que procuram instigar e quebrar o preconceito que existe entre os homens em relação à realização deste exame preventivo, imprescindível para a detecção precoce e cura da doença.
Tratamento: câncer de próstata tem cura
O câncer de próstata tem cura se descoberto precocemente. Para isto, é preciso realizar um check-up periodicamente com um urologista, sendo que a doença pode ser diagnosticada por meio de exame físico (toque retal) e laboratorial (dosagem do PSA).
Caso o médico descubra a doença, ele pode tratá-la por meio de duas formas: cirurgia ou radioterapia. A cirurgia é um dos métodos mais empregados para quando o câncer de próstata tem cura e consiste na retirada completa da próstata junto com as vesículas seminais.
A operação pode ser realizada por via tradicional, com um pequeno corte abaixo da cicatriz umbilical, por meio da laparoscopia convencional ou com o auxílio da cirurgia robótica.
O risco de o paciente vir a sofrer com a impotência sexual ou incontinência urinária depois da operação existe. No entanto, ambas as situações dependem de muitos fatores. A impotência, por exemplo, pode depender da idade do paciente e da experiência do cirurgião.
Hipertensos, fumantes ou diabéticos podem também ter mais chances de disfunção erétil após a retirada da próstata. Em pacientes jovens, por outro lado, muitas vezes o problema tem origem psicológica, provocada por traumas, estresse ou ansiedade.
Neste caso, mesmo quando o câncer de próstata tem cura, um urologista pode avaliar se há causas orgânicas. No caso da incontinência as chances são de 3% a 5% se a cirurgia for executada de forma adequada.